Construído nos tempos do Brasil Colônia e tombado pelo IPHAN, o Palacete do Parque Lage, famoso pela sua piscina interna e vista para o Cristo Redentor, será revitalizado pela primeira vez. O projeto, custeado pelo Estado, irá reformar a construção, que abriga, atualmente, cafeterias e bares — que, inclusive, fazem sucesso e vivem lotados. A revitalização, com investimento de cerca de R$ 21 milhões, tem um prazo de até 480 dias para conclusão, a partir do início das obras.
A arquitetura do palacete, inspirada nos palácios romanos, foi remodelada na década de 1920 pelo arquiteto Mário Vodrel, o mesmo responsável pelo Edifício Seabra, ícone da Praia do Flamengo. O casarão foi adquirido por Henrique Lage, empresário que, ao falecer na década de 1940, deixou o imóvel para a União, devido às leis da época — já que ele não tinha filhos e sua esposa, estrangeira, não poderia herdar a propriedade.
Em 1957, o Parque Lage foi tombado pelo IPHAN como patrimônio paisagístico, ambiental e cultural, consolidando sua importância histórica. Desde 1966, o local é um dos principais centros de arte do Rio, abrigando a Escola de Artes Visuais (EAV), referência para o cenário artístico carioca.
Além da construção histórica, o Parque Lage, com mais de 1.800 metros quadrados, é um dos destinos turísticos mais visitados da cidade, recebendo mais de 50 mil pessoas por mês. O local também é a porta de entrada para a trilha que leva ao Cristo Redentor.