O Palácio Pedro Ernesto, no Centro do Rio, comemora 100 anos de existência e trabalho no mês de junho. Mas, as celebrações começam já nesta quarta-feira, (25/01). A Câmara do Rio lança uma linha do tempo virtual com foco na história do prédio. Em poucos cliques é possível conhecer mais sobre os principais dos marcos que compõem a trajetória não só do Palácio e da política carioca, mas também do Brasil. Afinal, a cidade do Rio de Janeiro foi capital federal entre 1763 e 1960.
Presidente da Câmara do Rio, o vereador Carlo Caiado (PSD), destacou que um dos objetivos da linha do tempo e das outras iniciativas que acontecerão para celebrar os 100 anos do Palácio Pedro Ernesto em 2023 é aproximar ainda mais o cidadão do parlamento e da história da cidade.
“O Palácio é um dos palcos principais da política carioca e brasileira, onde, em toda a sua história, a população vem se manifestar. É um monumento da nossa democracia, que vamos exaltar ao longo do ano, lembrando sua importância e abrindo ainda mais as portas para a população”, afirmou.
História
A linha do tempo conta a história do Palácio Pedro Ernesto por meio de textos, fotos e vídeos.
O prédio, que compõe um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos da cidade, é definido por seu estilo eclético e usa elementos neoclássicos. Ele começou a ser construído em 1920, inserido em um contexto de reurbanização do Rio de Janeiro e instalação da Primeira República. Inaugurado em 1923, o Palácio e suas escadarias foram palco de marcos importantes para a história do Rio de Janeiro e do Brasil. Entre eles a Passeata dos Cem Mil e o velório da vereadora Marielle Franco, por exemplo.
Além dos marcos históricos do prédio, a linha do tempo traz fatos políticos relacionados ao Palácio, como a campanha de Abdias do Nascimento para vereador em 1954, uma das primeiras a levantar a bandeira antirracista, com o slogan “Não vote em branco, vote no Preto”.
O Palácio Pedro Ernesto só ganhou esse nome na década de 50, para homenagear o médico e ex-prefeito do Rio que faleceu em 1942. Ele governou a cidade por dois períodos: entre 1931 e 1934, como interventor, e entre 1935 e 1936, como prefeito eleito indiretamente pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Além da sua arquitetura, o Palácio Pedro Ernesto se sobressai pela riqueza do seu acervo de obras de arte, decoração interna e movelaria de época. As pinturas, esculturas, escadarias em mármore, o Plenário e a Sala Inglesa, toda revestida em madeira de lei, encantam os visitantes.