Antiga sede da Câmara dos Deputados, o Palácio Tiradentes, no Centro do Rio, está passando por reformar para se tornar um museu. O antigo plenário tornou-se espaço para shows e visitas turísticas. E uma exposição permanente será inaugurada até o fim deste ano.
O palácio, inaugurado em 1926, também abrigou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), da Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara (Aleg) e, nos últimos 47 anos, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), transferida para o prédio do Banerjão no ano passado.
Mesmo com as obras em andamento, o prédio está aberto para visitação guiada, apenas através de agendamento e com grupos fechados.
Batizado em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, enforcado por sua participação na Inconfidência Mineira, o palácio foi construído sobre a antiga Casa de Câmara de Cadeia. Tiradentes foi enforcado no Rio, em 1792, depois de ficar preso desde 1789 na Ilha das Cobras, passando cinco dias na Cadeia Velha antes de ser levado à forca na manhã de sábado, 21 de abril.
Na época do Império, o Rio era a capital do Brasil e, após a Independência, em 1822, o prédio abrigou a Assembleia Constituinte. Durante o período monárquico, a Cadeia Velha foi palco de importantes acontecimentos políticos e legislativos, como a votação e aprovação da Lei Áurea, que viria a ser assinada em 13 de maio de 1888, promovendo, oficialmente, a abolição da escravidão no Brasil.