Pampolha – RJ: Rumo à descarbonização

Secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, o vice-governador Thiago Pampolha, fala de sua participação na COP28 e do processo de descarbonização do estado

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A cada ano percebemos mais os efeitos mundiais das mudanças climáticas, seja no aumento das temperaturas, seja na intensidade dos temporais. Com a experiência da COP28 em Dubai, onde troquei informações com representantes de todo o mundo e participei de importantes debates, podemos dizer que o Rio de Janeiro tem apresentado políticas ambientais que estão dando certo na prática, além de ser um Estado comprometido com as metas estabelecidas pelo Brasil em 2015, no Acordo de Paris, assinado por mais de 90 países em prol da redução de gases de efeito estufa. Foram 10 dias intensos de programação, em que não só abordamos os avanços e desafios, mas concretizamos novos passos rumo a uma economia sustentável e justa. 

Grande destaque da agenda fluminense foi a assinatura do protocolo de intenções com a Petrobrás para a avaliação conjunta da implementação de um projeto-piloto de hub para captura e armazenamento de CO2.Os trabalhos acontecerão ao longo dos próximos dois anos, por meio da tecnologia CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage), marcando mais uma frente de atuação da política ambiental do governador Cláudio Castro. O CCUS é um facilitador na produção de hidrogênio de baixo carbono e baixo custo podendo apoiar a descarbonização de diferentes setores, como energia e indústria. Esse hub tem um potencial de captura de 20 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que equivale a mais de 30% das emissões totais que o Rio de Janeiro demanda atualmente. 

A intenção do Governo do Estado, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), de incluir as produções de hortas urbanas nas compras públicas fluminenses também representou, durante a COP28, um marco fundamental no quesito sustentabilidade.  Comprar esse tipo de produção para a alimentação escolar, hospitalar e outras instituições estaduais, ao mesmo tempo em que fomenta a agricultura familiar urbana, reflete na redução da emissão de gases de efeito estufa, já que o transporte de longas distâncias dos alimentos das regiões mais rurais para as cidades são minimizados, além de garantir a segurança alimentar, a restauração de áreas degradadas e amenizar as temperaturas nos municípios.  O estudo aponta que a inclusão de produtores urbanos na cota de 30% da agricultura familiar das compras públicas do estado pode gerar 1.144 novas ocupações (aumento de 357%, considerando as 320 atuais) e gerar uma contribuição ao PIB de 26 milhões.

Além destes, acho importante mencionar os projetos bem-sucedidos já em curso como o Florestas do Amanhã, maior programa de reflorestamento de Mata Atlântica do país, que vai restaurar ainda 440 mil hectares florestais até 2050, contribuindo com 159 milhões de toneladas de CO2 absorvidos pela biomassa aérea, além do potencial de absorção pelo solo tropical e manutenção hídrica das regiões. 

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Olhar para os projetos que estão dando certo no cenário internacional e trazer para aplicação no nosso território é o grande ganho dessa nossa participação nos Emirados Árabes.  O equilíbrio climático depende de ações e investimentos, mas também de coragem para administrar um território tão diverso com relevos de serras, baixadas e litoral – cheias, secas ou fortes chuvas, sem desassociar as questões sociais. E isso não nos falta, porque seguimos nos capacitando para implementar estratégias de resiliência urbana e climática, sem medo de implemento de boas ideias e de trabalho duro.

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2 COMENTÁRIOS

  1. A primeira ação deveria ser impedir a prefeitura do Rio de Janeiro de fazer podas criminosas e retirar as árvores ds Cidade, como vem fazendo desde a primeira gestão do prefeito atual, que não conhece a importância de uma árvore no meio ambiente.

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