Pandemia deixou quase 800 crianças órfãs no RJ, apontam dados de cartórios

O Rio de Janeiro está entre os cinco estados que mais registraram óbitos de pais

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Sepultamento de pessoa vítima de Covid-19 no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio - Foto: Jorge Hely/ Framephoto/Estadão Conteúdo

Números da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), órgão que representa os Cartórios de Registro Civil do Brasil, mostram que 774 crianças de até seis anos ficaram órfãs no estado do Rio de Janeiro devido a pandemia do Coronavírus.

Os dados mostram que 23 pais morreram antes do nascimento de seus filhos, enquanto 5 crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe devido a Covid.

A pesquisa aponta que 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano. Já 18,2% dos órfãos da pandemia no Rio tinham um ano de idade; 18,2% dois anos de idade; 14,5% três anos; 11,4% quatro anos, 7,8% cinco anos; e 2,5% seis anos.

Outra informação alarmante extraída da pesquisa, é que o Rio de Janeiro figura entre os cinco estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta idade. São Paulo, Goiás, Ceará e Paraná completam a lista.

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Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 7.645 Cartórios de Registro Civil do país desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território nacional.

O relatório final da CPI da Covid, entregue pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), traz um projeto de lei que cria uma pensão especial para crianças e adolescentes órfãos de vítimas da pandemia do coronavírus.

Segundo o texto, a indenização no valor de um salário mínimo seria concedida a quem perdeu pai, mãe ou responsável legal em decorrência da Covid.

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