Para Cesar Maia, Marcelo Freixo é favorito para prefeito em 2016

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Marcelo Freixo

Hoje, em seu ex-blog, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM) fez uma análise de como deve ser a eleição do Rio em 2016, levando em conta a pouca atenção que a campanha deve ter, já que a atenção do público e da imprensa deve estar todo para os Jogos Olímpicos, que acontece em agosto, depois nos Jogos Paralímpicos, em setembro. Como a eleição é em outubro, para Maia, isso vai reduzir a força da Tv e facilitar candidatos já conhecidos.

MIRO TEIXEIRA

Então, junto a outros fatores que podem ser lidos no texto original logo abaixo, torna Marcelo Freixo (PSol) o candidato a prefeito favorito em 2016, ao menos na largada. O ex-prefeito prevê que Freixo teria, ao menos, 25% das intenções de voto, ele seria seguido por Romário (PSB) com 20%.Maia também indica que seu grupo político, que sempre teve algum candidato nas últimas décadas, apoiaria Miro Teixeira (PROS), que junto com Pedro Paulo (PMDB), Bolsonaro (PP) e Clarissa Garotinho (PR) ficariam na casa de 10%.

Agora é esperar para ver.

RIO: GRID DE CLASSIFICAÇÃO PARA A ELEIÇÃO DE PREFEITO EM 2016!

1. As eleições municipais ocorrerão em 2 de outubro de 2016. Os Jogos Olímpicos ocorrerão entre 5 e 21 de agosto, portanto, com 47 dias da campanha eleitoral em andamento, incluindo uma semana dos programas eleitorais na TV. As Paraolimpíadas –com atenção crescente- e intensa participação dos atletas brasileiros, ocorrerão entre 7 e 18 de setembro, na reta final do processo eleitoral. A concentração dos eleitores nas eleições municipais nas grandes cidades são bem menores que na eleição nacional.

2. Será inevitável que no Rio –sede dos JJOO- o desvio de atenção seja muito maior. Isso reduz a força da TV e reforça a memória do eleitor como fator significativo. Dessa forma, os resultados eleitorais na cidade, em 2014, serão muito importantes. Nas grandes competições esportivas a presença dos políticos é vista aqui como oportunismo. Vide Lula em 2007 e Dilma em 2014, e as vaias que os acompanharam. Portanto, ninguém se apropriará da competição, mas poderá sentir os efeitos dos problemas que sempre surgem.

Romario

3. A memória do resultado eleitoral de 2012 combinado com 2014 mostra uma curva decrescente da candidatura do PMDB e fortemente ascendente da candidatura do PSOL. Em 2012, Paes obteve 55% dos votos totais em sua reeleição. Em 2014, Pezão obteve na capital 35% dos votos totais. Freixo, em 2012, obteve 25% dos votos totais e em 2014 foi o deputado estadual mais votado.  Em 2014, Crivella chegou a 18%, Tarcísio Motta do PSOL a 12%, Garotinho a 9% e Lindberg a 6%. O fato novo foi a vitória de Romário para o senado, com 53% dos votos totais. Cesar Maia obteve 17% (enquanto concorria a governador as pesquisas lhe davam 10% das intenções de voto na capital).

4. As pesquisas davam a Pezão, na capital, em junho, uns 10% das intenções de voto. No momento da formação da chapa, incorporando Cesar Maia, ele passou imediatamente a 18%, colando com Crivella. Na campanha quase dobrou, chegando a 35%. Esse crescimento é explicado pela presença polarizadora de Crivella e Garotinho que, mesmo assim, somaram na capital 27% dos votos. Tarcísio Motta confirmou 2012, mostrando que os votos do eleitor que se identifica mais com as teses igualitárias migrou do PT para o PSOL no Rio e continuará assim em 2016, reforçado pela crise econômica e moral. Ao PT resta apoiar o PSOL, dando-lhe tempo de TV. Ou ser conduzido nacionalmente a se recoligar com o PMDB. Apostará na política ou na máquina locais?

Clarissa

5. Se Crivella não vier candidato a prefeito, o voto popular-evangélico ficará sem candidato. A votação de Garotinho em 2014 e a eleição de 2012 mostram que sua filha terá dificuldade para passar dos 10%. Mas depende de Crivella. E há que lembrar a votação de Bolsonaro. Lançará seu filho deputado estadual a prefeito? Isso atrairá o voto conservador. Pode-se falar num patamar de 10%.

6. O PSDB e o DEM, que somaram uns 7% em 2012, agora arejados pela votação de Aécio na Capital, devem buscar um nome de convergência. Para disputar a vaga do segundo turno, esse nome deve ter uma luz forte extrapartidária, um candidato da sociedade civil, como o tentou Aécio com Bernardinho antes da campanha de 2014. Ou, no caso de Marina, apoiar Miro Teixeira, seu nome facilitaria a convergência.

7. Há dois complicadores para 2016: Marina, que tem o maior cacife eleitoral próprio, e Romário. Se Marina lançar candidato próprio e participar intensamente da campanha, pode empurra-lo para o patamar dos 10% ou mais. Tentará outra vez Miro? Se Marina apoiar Freixo esse se torna favorito, especialmente numa campanha com os ruídos dos JJOO.  E ainda Romário, que nunca ficará abaixo dos 20%.

Pedro Paulo

8. Finalmente, a candidatura do PMDB para terceiro mandato, o já lançado pelo prefeito Paes, deputado Pedro Paulo. Apesar de fortemente apoiado pelo prefeito, como candidato praticamente único a deputado federal, teve votação abaixo do projetado. Usando Pezão como paradigma para o crescimento de sua candidatura, assim como Pezão, terá que alcançar o patamar de 10% em abril. Lembrar que Pezão mudou de patamar dos 5% para 10% logo depois de ter assumido o governo do Estado e ter tido uma visibilidade básica como tal. A informação que Romário designará o secretário municipal de esportes estará vinculada ao apoio a Pedro Paulo? Se estiver é uma impulsão, quem sabe de 5 pontos.

9. Uma hipótese de partida em abril de 2016 seria Freixo com 25%, Romário com 20%, Pedro Paulo com 10%, Miro com 10% (com Rede, Pros, DEM PSDB e PPS), Bolsonaro com 10%, Clarissa 10% com apoio de Crivella em reconhecimento ao apoio de Garotinho. Esse é um grid para as voltas de qualificação para o grid de largada em junho de 2016.

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