Para Deputados do RJ ação para redução de mortes em operações policiais aumentaria insegurança

O índice de letalidade com objetivo de limitar o número de mortes soma-se às demais medidas que estaria atrapalhando o trabalho das policiais

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Foto: Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro / Redes Sociais

Apelidada de “ADPF das Favelas”, a ação protocolada, na quinta-feira (dia 05/01), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, para amortecer a política de Segurança Pública do Rio de Janeiro, já vem causando polêmica. Autores da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635 agora pressionam que o governador Cláudio Castro (PL) estabeleça uma meta para reduzir, em 70% ou mais, a letalidade policial no Rio de Janeiro, ou seja de mortes causadas por intervenção de agentes do Estado. O prazo ainda seria de até um ano. O documento ainda exige a inclusão de um percentual de redução da letalidade policial durante operações em comunidades.

O deputado estadual Alexandre Freitas (PODE) defende que os autos de resistência (quando o policial atira no suspeito ou criminoso para preservação da própria vida) não devem ser contabilizados de qualquer maneira. “Computar de forma abstrata o número de autos de resistência é uma irresponsabilidade com os nossos operadores, que enfrentam uma situação de guerra urbana. Um completo absurdo! Via de regra, a morte em autos de resistência é provocada pela conduta violenta dos criminosos que obriga o policial a reagir e não o contrário. É preciso adotar um protocolo operacional que considere todo criminoso que portar uma arma em pronto emprego de forma ostensiva em uma área classificada como vermelha/de risco pelas polícias uma ‘ameaça iminente’. Isso dará mais segurança jurídica aos operadores e vai proteger a população de balas perdidas, que na sua maioria são disparadas por criminosos”, opina.

Para o vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Coronel Salema (PL), o índice de letalidade com objetivo de limitar o número de mortes soma-se às demais medidas que, segundo ele, estaria mais atrapalhando o trabalho das policias “A redução da letalidade policial depende da redução da ação de guerra que é característica dos bandos criminosos no Rio de Janeiro. Não é possível que pessoas alheias à realidade e às peculiaridades da Segurança Pública sintam-se à vontade para interferir em um assunto sobre o qual desconhecem. A implementação de câmeras corporais nos grupos de operações especiais, por exemplo, é totalmente inadequada e incompatível com a natureza das ações desenvolvidas por essas unidades específicas“, ressalta.

Entregue em dezembro, o Plano Estadual de Redução de Letalidade Policial foi entregue ao Fachin, que é relator da ADPF, mas sem incluir a meta de reduzir em, pelo menos, 70%. Na época, a diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), Marcela Ortiz, classificou a proposta de impor o índice de “não é factível”, considerando o período que o próprio STF proibiu operações policiais em favelas durante a pandemia.

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Formada em Comunicação Social desde 2004, com bacharelado em jornalismo, tem extensão de Jornalismo e Políticas Públicas pela UFRJ. É apaixonada por política e economia, coleciona experiências que vão desde jornais populares às editorias de mercado. Além de gastar sola de sapato também com muita carioquice.
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2 COMENTÁRIOS

  1. Qualquer pessoa com QI maior que 20 sabe que as determinações da suprema corte sobre o assunto “redução da letalidade policial” só servirão para a vitória da bandidagem e ao aumento da insegurança para quem segue a lei. Os juízes vivem e são protegidos com proteção armada, mas não querem que a população seja protegida com armas. É um contrassenso.

    Você, leitor, deve ficar inteirado destas decisões estapafúrdias e cobrar do senador o impedimento destes togados que inventam e determinam essas coisas. Na verdade, quando falam de garantir direitos humanos, já reparou que sempre são direitos humanos para quem decidiu ser marginal? As vítimas e os policiais que chorem com seus entes queridos mortos.. para os viúvos, pais e mães, aos órfãos não há direito.

    Recentemente o STJ decidiu que uma pessoa armada que for pega arrombando um portão, um cadeado… não pode ser acusada de tentativa de roubo porque ele ainda não roubou nada. A ideia é dificultar ao máximo a prisão e a manutenção do bandido na cadeia. Com ativismo judicial, em suma, os togados querem regras da Suíça nesta África que é o Brasil. Não dá certo.

  2. Sempre digo que parte da não solução dos problemas de segurança do Rio devem-se a um grupo de indivíduos que parecem viver em qualquer lugar, menos na terra. Pois, não é possível que tantos instrumentos sejam criados de forma porca, gerando como consequência, o bem estar do bandido.

    O grande exemplo recente do que ocorre quando o estado não trata essa praga urbana chamada tráfico e milícia de maneira sólida, firme e implacável, é o que acabou de acontecer no México. Até em aviões os caras atiraram, tanto em solo, quanto no ar.

    Você que é de esquerda e que parece ter uma doença mental crônica, cujo o amor pelo bandido parece superar o amor pela própria mãe, não consegue enxergar o quão grotesca é uma situação dessas? Não conseguem ver o quão perverso o cara tem que ser pra simplesmente atirar propositalmente, de forma planejada na direção de pessoas que nada lhe fizeram de mal? Não consegue ver que esses caras depois irão para o buraco nefasto onde habitam e comemorarão este feito, zombando de suas vítimas?

    Aliás, a esquerda carioca/brasileira foi quem “criou” o tráfico como ele é, uma vez que os tais presos políticos e suas revoluções, trouxeram ao preso comum, no presídio de Ilha Grande, através da passagem de experiências pessoais e livros de gente bizarra como Che Guevara, com táticas de guerrilha urbana e a implantação do caos. Inclusive, as malditas barricadas existentes em centenas de ruas no Rio, são frutos exatamente deste tipo de aprendizados. Pois estes indivíduos são, sobretudo, terroristas.

    Aí como se já não bastasse terem ajudado a criar esses marginais, parte da esquerda e suas famílias moderninhas ainda financiam a existência desses trastes, consumindo suas drogas, ouvindo e curtindo suas músicas, numa verdade sintonia entre a oferta e a demanda.

    Isso é uma prova de amor. Uma verdadeira demonstração do quanto a existência do bandido de fuzil aterrorizando a favela é um verdadeiro fetiche, um tesão encroado, uma atração fatal entre esquerda e tráfico, que, como se não bastasse existir por si só, foram o motivo do surgimento de outro grupo nojento e execrável chamado milícia.

    Vocês são os culpados. Mas se tiverem algum nível de vergonha na cara, pelo menos parem de atrapalhar quem combater este mal.

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