Para driblar vandalismo e furtos, monumentos do Rio ganham placas de sinalização de alumínio

Vinte e sete obras da cidade estão sendo sinalizadas pela Secretaria de Conservação. Segundo informações, Prefeitura do Rio já gastou R$ 98 milhões em reparos e medidas de prevenção

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Clarice Lispector
Clarice Lispector em estátua no Leme. Reprodução: Simone Dinoia.

Vinte e sete monumentos históricos do Rio de Janeiro, que até então estavam sem identificação, vão receber novas placas de alumínio em uma iniciativa da Prefeitura em parceria com a Secretaria Municipal de Conservação. Entre as obras contempladas estão o jaguar “Luar do Sertão,” na Praça General Osório, em Ipanema, e o busto de “Francisco Morazan,” na Praia de Botafogo. A medida tem como objetivo proteger e preservar a memória cultural da cidade.

Muitas das placas que serão instaladas haviam sido furtadas anteriormente. Para prevenir novos atos de vandalismo, as equipes da prefeitura decidiram substituí-las por versões em alumínio, um material menos lucrativo para revenda. Após a instalação de todas as placas, a Gerência de Monumentos e Chafarizes realizará uma nova pesquisa para identificar outras obras de arte que possam ser valorizadas pelos cariocas.

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Busto Francisco Morazan, na Praia de Botafogo. Reprodução: Divulgação

Vale lembrar que na última quarta-feira (28), uma estátua feminina de bronze, que representa A Glória, teve o braço arrancado por vândalos, que também danificaram o monumento em homenagem ao senador Pinheiro Machado, do qual foram removidas duas hastes de sustentação. Ambas as obras, localizadas na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Zona Sul, foram recolhidas para reparo pela prefeitura. Testemunhas indicaram que usuários de drogas podem ter sido os responsáveis pela depredação. O caso está sendo investigado pela 14ª DP (Leblon).

Prefeitura já gastou R$ 98 milhões em reparos e medidas

As agressões aos monumentos do Rio de Janeiro têm um impacto significativo. Entre janeiro de 2022 e outubro de 2023, a Prefeitura do Rio gastou R$ 98 milhões em reparos e medidas de prevenção contra o vandalismo. Esse valor seria suficiente para comprar 31 novos ônibus articulados do BRT ou construir oito escolas.

Alguns monumentos, no entanto, não são revitalizados com a rapidez necessária, e outros acabam sendo negligenciados. Um exemplo é a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, na Praia de Copacabana, cujos óculos já foram restaurados diversas vezes, gerando um custo elevado para a prefeitura.

De acordo com um levantamento do SOS Patrimônio, 90% dos 2.400 monumentos e chafarizes da cidade estão com alguma parte faltando. Em resposta aos ataques frequentes, a prefeitura começou a monitorar alguns desses monumentos com câmeras 24 horas por dia. Além disso, Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, em 2022 e no primeiro semestre de 2023, foram registrados mais de 1.400 casos de danos ao patrimônio público no estado.

Como parte das medidas preventivas, a prefeitura do Rio iniciou a instalação de aparelhos de GPS em peças de metal em áreas públicas. A localização dessas peças é monitorada em tempo real pelo Centro de Operações, permitindo que agentes acompanhem o trajeto do material e identifiquem os receptadores.




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