Durante a sua participação na 14ª edição do Reage, Rio! realizada, nesta segunda-feira (24), o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a solução para a perda de voos por parte do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) é o emprego de uma gestão integrada com o Santos Dumont, por meio da modelagem multiaeroportos, através da qual seria realizada uma redistribuição dos voos recebidos nos dois terminais.
Nesta terça-feira (25), o governador participa de um encontro, em Brasília, com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, para discutir possíveis saídas para a crise no Galeão e no Santos Dumont.
“Temos uma ideia clara, de que a solução é a adoção do sistema multiaeroportos. Quando falamos das potencialidades do Rio de Janeiro, estamos nos referindo a óleo, gás, energia, turismo e, uma que vem crescendo, que é a logística, especialmente, na Baixada Fluminense, com os centros de distribuição. O Galeão é um ativo extremamente importante. Estamos muito otimistas com a reunião que será realizada amanhã. O ministro já manifestou o desejo de chegar a uma solução”, disse o chefe do Executivo estadual a especialistas do setor aeroportuário, autoridades e empresários presentes ao evento.
O governador lembrou que chegar à solução dos problemas, que drenam recursos do Rio de Janeiro, deve ser uma prioridade para todas as esferas de governo. Castro lembrou ainda que as discussões se arrastam há um ano, período no qual foi criado um Grupo de Trabalho (GT), sem que as autoridades tenham chagado a um consenso sobre o número de passageiros que deve aportar anualmente no Santos Dumont. A esse respeito, a Infraero (administradora do aeroporto) anunciou, em abril, o acréscimo em 54,5% da capacidade do terminal, elevando para 15 milhões o número de passageiros que podem passar pelo terminal anualmente. Cláudio Castro ressaltou que a proposta que será levada ao Governo Federal visa reduzir esse número para 6 milhões ou 8 milhões de pessoas.
“Na prática, o que tem que acontecer nessa visão multiaeroportos é tirar de quem tem muito e mandar para quem tem pouco. Precisamos de decisões para ontem. Temos a baixa temporada para fazer um teste. Se tivermos que reduzir mais o ICMS, a gente faz. Topamos perder receita para um bem maior. Lembrando que o Rio é o segundo estado que mais envia receitas para a União”, explicou o governador.
O prefeito Eduardo Paes, por sua vez, ponderou que os entraves econômicos devem ser priorizados diante do cenário de insegurança da região do Galeão e das dificuldades de mobilidade para a saída e chegado ao aeroporto. Para isso, ele anunciou a possibilidade de redução do ISS das operações no Tom Jobim.
“O processo de esvaziamento do Galeão não é recente. Ele se acentua agora, quando se tem perda de voos domésticos. Temos duas questões objetivas: o Santos Dumont tem que ter a sua capacidade limitada a seis milhões de pessoas. O Galeão é que tem que ser o hub doméstico do Rio de Janeiro. A médio prazo, ao se definir a modelagem do Santos Dumont, que ela leve em conta o Galeão, ou seja, sistema multiaeroportos “, defendeu o prefeito do Rio.
Diante das posições das duas autoridades do Rio de Janeiro, secretário nacional de Aviação Civil, Juliano Noman, ressaltou que, para o Governo Federal, a elaboração de um modelo de concessão que leve em consideração os interesses do Estado do Rio é uma prioridade.
“O ministro Márcio França nos pediu que desse um passo atrás no processo de relicitação e estudasse como estão as coisas hoje, em relação à Changi (atual concessionária do Galeão) e a Infraero (que administra o Santos Dumont), para que se consiga chegar num bom balanço e num equilíbrio”, disse o secretário.
O Reage, Rio! é uma realização dos jornais O Globo e Extra com apoio da Fecomércio RJ.
As informações são da rádio Tupi.
Estão querendo acabar com o Santos Dumont pelo jeito.
Uma vez aqui mesmo no Diário do Rio eu vi um projeto de transformar o aeroporto em um grande bairro residencial
O problema do Galeão e sem duvida a mobilidade e o alto custo para chegar até ele, da Barra até lá você paga no mínimo R$ 80.00, e demora umas 2 horas pra chegar, sem falar na insegurança .O transito na Linha Amarela , sem falar das outras regiões do Rio e bem complicado até lá.