O governador Wilson Witzel (PSC) deu declaração hoje que a violência no Rio de Janeiro estaria no mesmo patamar “Nova York, de Paris de Madrid“. Para ele, os tiroteios acontecem nas comunidades e não no Centro, no Pão de Açúcar, no Cristo Redentor.
O governador lembrou que o Rio passou por décadas de abandono no planejamento urbano nas comunidades. Mas que está com índice de melhoras, saindo de uma taxa de 35 mortes por 100 mil habitantes para 16 mortes por 100 mil habitantes. E que o Rio só perde para São Paulo na taxa de homicídios.
Matéria do O Globo, no entanto, comenta que até o último dia 3 de novembro, a cidade de Nova York registrou 269 assassinatos. Entre o começo do ano e o último mês de setembro, a capital fluminense contabilizou um número 2,5 vezes maior: 739 homicídios dolosos.
Mas, apesar do exagero, Witzel não está errado, o Rio é mais seguro do que se imagina, especialmente comparado a outras grandes cidades do mundo. O problema mais grave da cidade é a entrada de armas, e ele está focando neste problema de nível federal. Por isso sugeriu ao governo federal que utilize militares das forças armadas no combate ao tráfico de armas e drogas. Além de dizer que a Polícia Federal está sucateada.
O governador comentou que são 5.000 fuzis nas armas dos traficantes, aos quais chama de narcoterroristas. E estas entram por ar, terra ou mar e cruzaram nossas fronteiras. E que as Forças Armadas podem e devem controlas as fronteiras. E que o movimento do Governo Federal é muito tímido.
As críticas de Witzel ao Governo Federal, fizeram que no dia 13/11, o senador Flavio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, chamasse o governador de traidor e mentiroso contumaz:
Tenho visto mais viaturas nas ruas sim.
Por outro lado, vemos mais pessoas em situação de rua em uma verdadeira degradação de suas dignidades, além poluição urbana promovida pela desordem, com ambulantes em tudo quanto é cango, agora até dentro do metrô – não bastasse do ônibus e trem.
São duas coisas distintas. Ambas, que trazem consequências visíveis e ocultas para a região metropolitana, fora o aspecto estético.
São pessoas que tem suas forças ou ignoradas (no primeiro caso) ou subaproveitadas (no segundo).
Logo, o aspecto está bem no nível de destruição econômico e social que, não fosse a repressão mais dura da segurança pública, sim, estaríamos observando mais violência e roubo a mão armada contra transeuntes.
Há de ser verificar, no entanto, o custo destinado ao orçamento da Segurança Pública. E podemos ver que de duas décadas para cá avançou e ultrapassou a Saúde e a Educação (quase o equivalente das duas somadas).
Mas o caldeirão social vai formando uma bomba que uma hora explode.
Acho que todo mundo que vive na região metropolitana do Rio (centro, Zona Norte, Zona Sul) sente que a questão de segurança pública está sendo levada a sério e que algo mudou. Eu vejo viaturas da PM em todo canto, seja de dia, manhã, tarde, noite, madrugada, além da iniciativa Segurança Presente que começou no Centro, eu acho que foi ali que começou a mudar. Acho que as revitalizações pela qual a cidade está passando também ajudou, pois o espaço urbano está ficando mais bonito e habitável, alguns locais que antes não eram utilizados pela população em massa 10 anos atrás hoje virou um lugar de passeio, de cultura, de encontros. (Sim, estou falando do Porto Maravilha que deu espaço àquele boulevard maravilhoso ao invés de manter aquela degradação da Perimetral que nos lançava na escuridão). O centro se tornou muito mais movimentado e habitável depois disso o que atrofia a violência de alguns que querem se aproveitar. Qualquer cidadão sente que a atmosfera do Rio em questão à violência não é a mesma de alguns anos atrás, que mudou para melhor