Onde hoje é o Largo da Carioca havia um terminal de bondes. O local ganhou um apelido popular porque muitas baianas vendiam seus quitutes por lá. Conheçam a história do Tabuleiro da Baiana.
A estação terminal de bondes foi inaugurada em 03 de julho de 1937, no Largo da Carioca. O local tinha o teto chato e era sustentado por três colunas, formando dois vãos internos por onde passavam os veículos coletivos.
“Era comum encontrar baianas vendendo cocada, cuscuz, pé de moleque ou acarajé pelas ruas do Rio, na primeira metade do século XX. Vestiam suas saias rodadas, batas e turbantes. A música de Ary Barroso ‘No Tabuleiro da Baiana’, lançada na mesma época da inauguração do terminal, fez um grande sucesso: primeiro, na voz da dupla Grande Otelo e Déo Martins e, depois, na voz de Carmem Miranda. Não era uma referência ao terminal, é claro, mas às baianas que por ali circulavam“, destaca o site Rio Memórias.
Antes da criação da estação, os bondes faziam ponto final na Galeria Cruzeiro. Para o Tabuleiro da Baiana ser erguido, o Teatro D. Pedro II (antigo Teatro Lírico), inaugurado em 1871, precisou ser demolido.
Nas décadas de 1940-1960, época áurea dos bondes, o movimento era intenso ali, raramente se via o Tabuleiro vazio.
A partir de 1965, os bondes deixaram de circular na Zona Sul, e a estação foi ficando cada vez mais vazia. No ano seguinte, o Tabuleiro foi demolido. As baianas, para nossa sorte, continuam no Rio de Janeiro.