Após cerca de 1 ano inoperante, o tradicional relógio da Central do Brasil, um dos pontos mais famosos do Centro do Rio de Janeiro, voltou a marcar o horário correto no último sábado (25/12). Desde dezembro de 2020 ele estava parado ou atrasado devido à falta de manutenção.
Vale ressaltar que, de acordo com informações do portal ”G1”, o equipamento foi reformado pela última vez em 2018, quando, na ocasião, ganhou acionamento elétrico e motorização, além de ter tido melhorias no comando geral de engrenagens e em seus painéis de controle.
”Não foi realizada a manutenção dele. Há um mecanismo de sincronismo entre as faces para que elas operem de forma simultânea. Essa manutenção não foi feita. A máquina começou a trabalhar sob muita pressão e, por isso, ele foi desligado no ano passado para que não tivesse mais prejuízo”, explicou Fernando Veloso, secretário estadual de Administração Penitenciária, pasta responsável pelo prédio da Central do Brasil.
É importante mencionar também que o Governo do RJ não revelou o custo da obra. Veloso, porém, afirmou que o serviço de manutenção preventiva no relógio será mantido. ”Não podemos deixar de fazer essa manutenção. Isso está programado, está previsto, e será feito para que a gente mantenha esse símbolo do Rio de Janeiro funcionando e que as pessoas olhem pra cá e percebam que o Rio está ‘acertando seus ponteiros”’, disse.
Inaugurado em 1943, o relógio da Central do Brasil tem 110 metros de altura e ocupa 5 andares do Edifício Dom Pedro II, na Avenida Marechal Floriano. Cada face do equipamento tem 10m², entre o 21° e 26° andares da torre. Já os ponteiros, cada um deles pesa mais de 400kg.
Parece até que teria sido no ritmo da pandemia: o relógio parou no tempo. Só que não… É, na verdade, o famoso e já mais do que conhecido “vírus” tão comum ao vocabulário da gestão pública: “falta de manutenção”. Afinal, para um equipamento dessas dimensões e sua importância para a paisagem do Rio de Janeiro, merece cuidados permanentes. Imagina se o Cristo, o trem do Corcovado ou o bondinho do Pão de Açúcar, não tivessem a mesma atenção periódica… O que nos resta agora, principalmente ao Diário do Rio, é ficar atentos; acreditar na promessa do Secretário estadual de Administração Penitenciária, mas também ficarmos apostos para cobrar, ao longo do ano.