A cidade de Paraty, no Costa Verde do Rio de Janeiro, comemora o Dia de Iemanjá, em 2 de fevereiro, com eventos até o dia seguinte. As celebrações têm início às 17h30 de sexta-feira, na Praça da Bandeira. No sábado, os devotos da Rainha das Águas se concentram a partir 7h, no Areal do Pontal, com a procissão em terra partindo às 7h30.
As homenagens à Protetora dos Oceanos incluem um cortejo marítimo e uma apresentação do Jongo do Quilombo do Campinho – patrimônio imaterial de Paraty. Na ocasião, os participantes poderão assistir ao espetáculo teatral “Marítma” e ao show do grupo de percussão feminino Mutuan.
Paraty e a diáspora africana estão estreitamente ligadas entre si, uma vez que a cidade foi um dos portos de desembarque de africanos escravizados, que eram, a partir dali, levados para Minas Gerais e Vale do Paraíba, para terem a sua mão de obra explorada em minas de ouro, fazendas de café e outros serviços. Com a proibição do tráfico negreiro, em 1830, senhores de escravos passaram comercializá-los clandestinamente em Paraty.
Orixá mais popular do Brasil, Iemanjá é considerada a “mãe de todos os orixás”. Celebrada na África e nas Américas, a Rainha das Águas é ligada à fertilidade e ao sagrado feminino. No dia 2 de fevereiro, devotos do candomblé e da umbanda costumam fazer oferendas diversas em honra da entidade. Os presentes destinados à Iemanjá são colocados em barquinhos azuis e lançados ao mar.
De origem yoruba, dialeto do noroeste da África, o nome da divindade tem como grafia “Yemonjá”. É em referência à tradição africana que Paraty nomeou a sua celebração de “Festa de Yemonjá”.
Serviço:
02/02 (sexta-feira)
Praça da Bandeira
17h30 – Jongo do Quilombo do Campinho
19h00 – Abertura Oficial
19h30 – Palestra
20h30 – Espetáculo Marítima
03/02 (sábado)
Areal do Pontal / Cais de Turismo
07h00 – Concentração
07h30 – Início do Cortejo em Terra
08h30 – Início do Cortejo Marítimo
10h00 – Apresentação do Grupo Mutuan
Informações: Diário do Porto