O Parque Estadual da Serra da Tiririca, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), registrou as presenças de 14 espécies de mamíferos terrestres nativos, do Rio de Janeiro, ao longo deste ano.
Na área, que fica Região Metropolitana fluminense, foram feitos mais de 2000 registros fotográficos. As imagens foram capturadas, por meio de armadilhas fotográficas instaladas nas trilhas do parque, que ocupa parte de Niterói e de Maricá.
Segundo o titular da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), Bernardo Rossi, o trabalho é importante, pois “revela a fauna que habita o parque”. Ainda segundo Rossi, com base no levantamento, a pasta poderá traçar políticas públicas destinadas à conservação do patrimônio ambiental fluminense.
A pesquisa integra o trabalho do cientista ambiental e servidor da Seas, Rafael Mattos, que monitora a fauna do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Apesar das boas notícias, o estudo identificou a invasão de espécies exóticas na unidade de conservação, com o cachorro doméstico sendo a terceira espécie mais registrada no levantamento. Os cães foram flagrados em mais de 200 fotos.
Entre os registros inéditos estão o tatu-de-rabo-mole-grande (Cabassous tatouay), mão-pelada (Procyon cancrivorus), além de espécies ameaçadas de extinção como o gato-maracajá (Leopardus wiedii).
Algumas das espécies registradas: cachorro-do-mato ( Cerdocyon thous); gato-maracajá Leopardus wiedii); furão pequeno (Galictis cuja); tatu peba (Euphractus sexcinctu); tatu-galinha (Dasypus novemcinctus); ouriço-cacheiro Coendou spinosus); caxinguelê (Guerlinguetus brasiliensis); e tamanduá-mirim ( Tamandua tetradactyla), segundo a Tupi.