Parque Nacional da Tijuca recebe nova família de macacos bugios; confira

Um macho, duas fêmeas e cinco filhotes foram levados ao Parque para se juntarem a outros macacos da mesma espécie que habitam o local

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Imagem meramente ilustrativa - Família de macacos bugios no Parque Nacional da Tijuca - Foto: Vitor Marigo

O Parque Nacional da Tijuca recebeu, na última terça-feira (11/04), oito macacos bugios visando a continuidade à reintrodução da espécie na referida unidade de conservação. Trata-se de uma parceria conjunta com o projeto Refauna e o Centro de Primatologia do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea).

Devido aos resultados promissores, traduzidos com a crescente população dos macacos liberados anteriormente, as três instituições visam soltar esses novos moradores daqui a poucos meses.

”Eles chegaram no Parque, onde ficarão em um recinto e passarão por um período de aclimatação para se acostumarem com a floresta. É uma família com um macho, duas fêmeas e cinco filhotes (três fêmeas), sendo que um nasceu em dezembro de 2022 e o outro nesta semana. Todos fizeram exames criteriosos para garantir que estão saudáveis e foram vacinados contra febre amarela. São protocolos que ajudam, inclusive, a proteger a floresta garantindo a entrada de animais com boas condições de saúde”, explica Marcelo Rheingantz, biólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor executivo do Refauna.

Vale ressaltar que a primeira fase da reintrodução dos bugios ocorreu entre 2015 e 2016, quando foram levados os primeiros primatas desta espécie para o Parque. E é justamente essa primeira leva que tem comprovado o sucesso da iniciativa. De acordo com especialistas, animais selvagens só se reproduzem se estiverem saudáveis e com alimento abundante, como um sinal de que estão vivendo bem. Do contrário, guardam forças para sobrevivência básica.

”No caso dos bugios liberados há oito anos, temos certeza de que eles estão encontrando tudo o que precisam no Parque e indo além, tendo energia de sobra para se reproduzir. Isso é um indicativo de sucesso. A taxa reprodutiva deles, dentro do Parque Nacional da Tijuca, é surpreendente: desde que o primeiro casal foi solto, em 2015, tivemos o nascimento de um filhote por ano – essa natalidade chega a ser maior que em outros lugares naturais”, diz o biólogo que acompanha os dados do projeto.

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