Passageira denuncia motorista de Uber por masturbação durante viagem

Iniciada na Tijuca, a corrida foi motivo de grande transtorno para a passageira, que percebeu que estava sendo levada para um lugar diferente do solicitado

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Uma corriqueira corrida de Uber tornou-se motivo de constrangimento para uma passageira, de 37 anos. Ao pegar o veículo na Tijuca, na Zona Norte da cidade, no último dia (28), a passageira viu o motorista se masturbando enquanto dirigia rumo ao endereço solicitado, sendo que o motorista, segundo ela, não teria usado o GPS para o percurso determinado. O condutor está suspenso da plataforma até que as investigações, que estão sendo feitas pela 25ª DP (Engenho Novo), sejam finalizadas.

Em entrevista ao jornal O Dia, a mulher que sentou na cadeira atrás do motorista, mantendo-se de cabeça baixa enquanto resolvia assuntos pessoas pelo celular. Quando voltou a sua atenção para verificar se estava no caminho correto, ouviu barulhos contínuos provenientes do banco do condutor.

“Quando eu levantei a cabeça, o motorista mexia o braço direito e esfregava no banco. No início eu pensei duas vezes antes de confirmar se era realmente aquilo que estava acontecendo. Segundos depois eu levantei a cabeça e, quando olhei para o retrovisor, ele estava me olhando e fazendo os movimentos. Foi aí que constatei que ele estava se masturbando”, disse a mulher ao jornal.

De acordo com o relato da vítima, o condutor também não teria entrado na via que a levaria ao endereço pretendido. “Durante os poucos metros [750] que faltavam para chegar ao meu destino, ele seguiu com a mão direita para baixo, sem encostar no volante, e eu pronta para abrir a porta e correr assim que ele parasse o carro. Acontece que ele não parou”, relatou.

Para ela não restava dúvida de que o motorista do aplicativa a estava levando para algum local por ela desconhecido. Ao perceber, a vítima gritou: “para o carro que eu vou descer!”. Gritei tão alto que as pessoas que estavam no ponto de ônibus se assustaram”, afirmou. Imediatamente, o condutor parou o veículo, tendo ela saído correndo para o meio da rua.

Ao voltar para casa, a vítima contou o que aconteceu ao marido, decidindo por denunciar o motorista à plataforma e à polícia. “A gente nunca acha que vai acontecer com a gente ou com alguém próximo, até o momento que acontece”, lamentou a mulher, que uso o Uber com frequência.  

O registro de ocorrência foi finalizado na 25ª DP (Engenho Novo), nesta segunda-feira (3). Na distrital, também foi feito o reconhecimento fotográfico do infrator. “Espero que ele sofra a pena que cabe perante a lei e que seja banido da plataforma. Não basta só bloquear”, comentou a vítima, que recebeu esclarecimentos da Uber de que o motorista não poderia mais realizar viagens solicitadas por ela.

Em nota, a Uber informou que “considera inaceitável qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência. O motorista teve sua conta temporariamente desativada da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio, enquanto aguarda pelas apurações. A Uber se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.

A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Por isso, desde 2018 a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e segue investindo constantemente em conteúdos educativos contra o assédio para motoristas.

Em conjunto com o Instituto Promundo, foi lançado o Podcast de Respeito e mais recentemente a Uber lançou uma campanha educativa de combate ao assédio em parceria com o MeToo Brasil. Além disso, também em parceria com o MeToo, a plataforma possui um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero, que já foi disponibilizado para a usuária.

Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros”.

As informações são do jornal O DIA.

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