Um idoso segurando o livro “Minha luta”, de Adolf Hitler, líder nazista responsável pela morte de milhões de pessoas, causou uma enorme confusão nas barcas no caminho de Niterói para o Rio. Ao notar a publicação na mão do passageiro, na fila de embarque para o transporte, o advogado Matheus Barra foi cobrar explicações do indivíduo. Vendo que o homem respondeu em tom de ironia, ele alertou a tripulação. O caso aconteceu na manhã da última terça-feira (10/01) e foi revelado pelo jornalista Ancelmo Gois.
Enquanto alguns passageiros exigiam explicações do portador do livro, que o acusavam de apologia ao nazismo, outros o defenderam, alegando ser “liberdade de expressão”.
A polícia foi acionada, mas o homem deixou o terminal das barcas sem qualquer atuação da equipe da concessionária. O advogado, inconformado, apresentou uma notícia-crime à Promotoria de Justiça de Niterói, para que o caso seja apurado.
Por decisão do TJ do Rio, a comercialização da obra é proibida a pedido da Federação Israelita do Estado. Já a apologia ao nazismo é crime no Brasil.
Em nota, a CCR Barcas informou que “repudia todo tipo de discriminação, preconceito e racismo, não corroborando com qualquer ilegalidade nas estações ou barcos. Os colaboradores são treinados para coibir tais práticas, entretanto a empresa não possui “poder de Polícia” para reter uma pessoa. Reforçaremos para as equipes as suas funções a bordo e nos terminais.
quanta gente tolerante…
Esse infeliz está querendo chamar a atenção. Manda ele andar com isso aí no metrô de Berlim.
Na Alemanha não é proibido… ao contrário dos símbolos nazistas…
O livro recebeu uma edição com comentários e, no geral é até muito satirizado por lá…
A melhor forma de educar uma sociedade não é relegar partes da história ao total desconhecimento. Devemos sim manter a história viva e todas as visões, sejam de vencidos e vencedores, disponível para estudo para que passemos as lições para que os mais novos conheçam o como e o porque acontecem genocídios identitários e saibam as fontes de certo e errado. Assim, a educação vencerá ideais de divisão e poderemos evoluir. Não acontecerá pela força, que gera sempre reação contrária. Tenhamos em mente que a memória viva, talvez a melhor fonte ainda disponível, se apagará e tais pensamentos poderão ser novamente propagados sem nenhum controle com outro nome, autor, capa e discurso. Coibir a disseminação e o culto as ideias nocivas sim, usando da educação. Apagar a história, nunca, é o obscurantismo. Senão, os memoriais que existem para lembrar a humanidade de que nunca mais seja repetido este horror perderão a função e isso não deve acontecer.
Penso que esse senhor só queria chamar a atenção mesmo, só pode… Todo mundo sabe que esse livro é proibido, além de ser proibido é uma livro raro para um caralho e sendo em português?! Nem se fala. Esse senhor poderia muito bem ficar lendo na sua casa sem ninguém saber, Mas… foi pra rua para chamar atenção e deixar bem aparente para que todos possam ver.
Aaaaaaah, essa de “liberdade de expressão” pra esse tipo de situação não rola, né?
Se é proibida a comercialização, não sei se por lei penal, pois o artigo 20, § 1º da Lei 7.716/89 tem a seguinte redação :
“Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.”
Se proibida a comercialização da obra é crime. A posse não é…
Se essa proibição na advém de lei, mas de “convenção” entre as editoras e as livrarias, então muito menos tem qualquer proibição ao senhor que pode ler o que quiser.