Pedro Gerolimich: Mais livros, menos violência

A Biblioteca A Casa Amarela, em Anchieta, é um caso de sucesso na promoção da inclusão cultural, social, educacional e no combate à violência

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As bibliotecas comunitárias desempenham um papel fundamental na inclusão social, oferecendo acesso ao conhecimento e às culturas para as comunidades, principalmente em áreas vulneráveis. Neste 27 de fevereiro, é celebrado o Dia Nacional do Livro Didático, e vou contar um pouco da importância e impacto social da leitura sob a perspectiva da nossa biblioteca comunitária, para além das escolas. A Biblioteca A Casa Amarela, em Anchieta, é um caso de sucesso na promoção da inclusão cultural, social, educacional e no combate à violência.

A falta de acesso à educação de qualidade e a oportunidades de aprendizado colabora significativamente no aumento dos índices de violência, conforme já apontado em vários estudos. A educação desempenha um papel fundamental na redução das estatísticas de violência, porque é o elo mais forte de formação social das pessoas. Ao oferecer alternativas positivas, capacitação e esperança, principalmente para os jovens, podemos mudar o futuro de muitas pessoas.

Nossa Biblioteca A Casa Amarela é um exemplo inspirador de como as bibliotecas comunitárias podem contribuir no desenvolvimento social. Desde a sua inauguração, há quase dois anos, o espaço tem transformado a realidade local de Anchieta e bairros do entorno. Nesse período, cerca de 25 mil pessoas visitaram a biblioteca, mais de 1.500 livros foram emprestados e mais de 14 mil livros distribuídos gratuitamente. O espaço atende regularmente a 120 famílias nos programas de atendimento social. Cerca de 800 pessoas foram cadastradas para oportunidades de trabalho junto à Prefeitura do Rio de Janeiro. Além disso, a biblioteca realizou mais de 25 passeios culturais gratuitos no último ano e formou mais de 300 pessoas em cursos e oficinas.

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Ao oferecer acesso livre a atividades formativas, programas de leitura e atividades culturais, a biblioteca tem ajudado a romper o ciclo de violência e vulnerabilidade que muitas vezes afeta as famílias do território. A Casa Amarela é um exemplo concreto da importância das bibliotecas comunitárias na redução da violência por meio da educação. Por isso, é fundamental que o poder público olhe com atenção para essas iniciativas, desenvolvendo políticas públicas estratégicas que fomentem essas ações de base comunitária. Como sempre digo: mais livros, menos violência!

Pedro Gerolimich: Mais conhecido como Pedro do Livro, é professor, escritor e mestre em Educação e Cultura em Periferias. Fundador da Biblioteca A Casa Amarela, do Instituto Ciclos do Brasil e dos projetos Histórias por Telefone e Livro de Rua. Já foi superintendente de Leitura e Conhecimento da Secretaria Estadual de Cultura e já libertou mais de 100 mil livros de forma gratuita no Rio de Janeiro.

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