
Enquanto diversos estados e municípios brasileiros já decretaram ponto facultativo para a Quinta-Feira Santa (17 de abril), como tradicionalmente ocorre nesta época do ano, o silêncio no Rio de Janeiro chama a atenção.
Estados como Minas Gerais, Paraíba, Ceará, Tocantins, Santa Catarina, Pernambuco, Amazonas e Rio Grande do Norte, dentre outros, e o Distrito Federal já publicaram decretos assegurando a suspensão do expediente nas repartições públicas na quinta-feira da Semana Santa. A medida é respeitosa não apenas com a tradição religiosa, mas também com o costume social consolidado ao longo dos anos. Em diversos municípios, a prática é igualmente mantida.
Já no Rio de Janeiro, tanto o Governador quanto o Prefeito, optaram neste ano por um caminho, digamos, peculiar. Nenhum dos dois decretou ponto facultativo para o dia 17/4. Entretanto, já foi decretado, há dias, ponto facultativo para o dia 22 de abril, uma terça-feira localizada entre dois feriados importantes: o dia 21 (Tiradentes), que neste ano cai numa segunda-feira, e o dia 23 (São Jorge), quarta-feira.
Ou seja, o Poder Público optou por “emendar” uma terça-feira entre dois feriados — 21 e 23 de abril —, mas não considerou como relevante o dia 17, cuja celebração cristã é historicamente reconhecida em diversos calendários oficiais.
Trata-se da primeira vez que o Rio de Janeiro não acompanha essa tradição !!!!
A pergunta que se impõe: por quê?
Terá sido esquecimento? Incompetência da assessoria? Falta de sensibilidade no momento atual com o simbolismo da data? Ou uma escolha política, talvez guiada por outros critérios/interesses que não foram explicados à população?
Seja qual for a razão, é fato que o Rio resolveu dar ponto facultativo no meio de dois feriados seguidos, mas ignorou uma das datas simbólicas da Semana Santa.
A população merece uma resposta. Afinal, quando se começa a selecionar datas facultativas por conveniência pessoal dos governantes, corre-se o risco de transformar o calendário oficial em um jogo de interesses e não mais em um espelho da cultura e da fé de seu povo.
De verdade nunca entendi esse ponto facultativo de quinta-feira. O povo, que trabalha duro não questiona uma folguinha. Mas, sentido ou lógica, não sei.
Grato pelo comentário complementar. Evelin. Um abraço. Antônio Sá
Eu trabalho em um hospital federal que foi municipalizado. Até ser transferido para o INCA vou ter que trabalhar com a péssima administração da prefeitura. Qual foi o primeiro ato que fizeram quando chegaram ao meu amado hospital onde trabalho há quase 16 anos? Retirar o café da manhã e o lanche dos funcionários. Quem quiser que leve de casa.
Que absurdo, Rodrigo. Um
abraço. Antônio Sá
O Bom senso serve para todos, até para os religiosos.
Grato pelo comentário complementar, Vitor. Um abraço. Antônio Sá
O prefeito ignora até o reajuste dos servidores, quiçá uma data religiosa.
Bem apontado, Luciano. Inclusive, deve escrever um assunto sobre a não revisão salarial anual em março deste ano. Um abraço. Antônio Sá
Acredito que todos os comentários são válidos, tanto os “positivos ” quanto os “negativos “. Rede social é exatamente isso, a possibilidade livre de expressão. Contudo é importante manter o respeito sempre! O questionamento sobre o motivo da quebra de um costume é realmente válido. O suposto descaso pela importância da comemoração do dia é sim de ser observado. A quantidade exacerbada de feriados que nós temos realmente deveria ser revista. Por sermos um país laico e quase não termos feriados em homenagem a outras datas importantes para outras religiões, também merecia uma reflexão. Sobretudo vejo claramente que nem os políticos e nem a população em geral estão preocupados com a religiosidade da data.
Grato pelos comentários complementares, Wilson. Um abraço. Antônio Sá
Gostei da delicadeza das respostas do Sr. Antônio Sá. Realmente parece que as pessoas não souberam interpretar o seu texto.
Vera Anjos
Entendo, Vera, que a delicadeza nas respostas é sinal de civilidade — afinal, o tempo dos trogloditas já ficou para trás; podemos e devemos divergir, mas com educação, pois a divergência respeitosa é essencial se quisermos, de fato, viver numa democracia.
Não sou dono da verdade e amo ouvir opinamentos diferentes dos meus.
Numa discussão em que há duas opiniões diferentes, o verdadeiro ganho está em que ambos os lados podem sair com mais do que entraram — eu entro com uma posição e posso sair com duas, talvez até com uma terceira, construída no diálogo; e o mesmo vale para quem dialoga comigo.
Um abraço. Antônio Sá
È estarrecedor ver o analfabetismo das raízes culturais, do simbolismo das datas, da mensagem de Cristo ao repartir a ceia, ao imprimir a mensagem da caridade, ao lavar os pés dos discípulos com a mensagem da humildade. Para estas pessoas é um dia que não se trabalha e tanto faz este ou aquele dia. Que tristeza!
Grato pelo comentário complementar, Maria. Um abraço. Antônio Sá
Concordo com vc Sá !!! Entendi seu comentário!!!
Tive o prazer de conhecer o senhor!!! Eu tbm sou agora aposentada trabalhei muito amava o meu trabalho!!! SMO /GAB !!! Parabéns ??????
Legal, Sônia.
Sim, temos muitos colegas na Prefeitura que amam o serviço público e se dedicam com afinco. Tive a honra de conhecer e trabalhar ao lado de muitos deles, aprendendo bastante com cada experiência compartilhada.
A Prefeitura não seria nada sem o seu competente corpo de servidores.
Na minha trajetória de vida, foi uma grande honra e um verdadeiro prazer ter servido ao público — seja nos Correios, na SUNAB, na Receita Federal, na Prefeitura de Belo Horizonte ou, por fim, na Prefeitura do Rio.
E, cá entre nós, mesmo aposentado, sigo contribuindo com o município por meio dos artigos que publico aqui no Diário do Rio, onde aplico tudo o que aprendi ao longo dos anos no serviço público.
Aproveito para esclarecer que não sou funcionário do Diário do Rio. Escrevo como forma de retribuir aos cidadãos cariocas todo o apoio que sempre me deram enquanto eu estava na ativa — afinal, foram eles, com o suor de seus rostos convertido em impostos, que sustentaram minha remuneração.
Sem contar que, como você bem sabe, parte dos nossos proventos de aposentadoria continua sendo custeada pela sociedade, já que os governos, infelizmente, não têm administrado adequadamente nosso fundo previdenciário.
Obrigado! E parabéns para você também.
Um abraço,
Antônio
Antônio, não tem que ser ponto facultativo quando todo o restante estará funcionando normalmente. Já não era para acontecer isso há muito tempo. A tradição de não trabalhar é contraproducente. Além disso, os feriados do encontro dos BRICS, do G-20 estão sendo contabilizados no apontamento? Acho que não. Funcionário público vai ter muita folga ainda para não precisar reclamar de uma quinta feira pré feriado.
Grato pelo comentário complementar, Yuri. Releia meu artigo e veja que o que tratei foi da falta de explicação pelo governo do motivo da quebra de uma tradição em nosso município. Um abraço. Antônio Sá
O que nós celebramos na Quinta-feira Santa?
A Missa vespertina da Quinta-feira Santa relembra a última ceia que Jesus tomou com seus Apóstolos, em preparação à Páscoa. Durante a Ceia, Jesus surpreendeu a todos ao se levantar e lavar os pés de cada um dos Apóstolos, mostrando que a autoridade só pode ser entendida como serviço aos outros.
Agora não é questão de “bater asas” e sim de respeito!
Grande Abraço Antônio.
Obrigado, Carlos, pela sua explicação precisa e objetiva sobre a importância da Quinta-Feira Santa.
De fato, o gesto de Jesus ao lavar os pés dos Apóstolos – como você bem destacou na frase “a autoridade só pode ser entendida como serviço aos outros” – é um ensinamento poderoso, que deveria servir de exemplo para todos os que exercem cargos de liderança. Infelizmente, muitos dirigentes políticos ainda utilizam a autoridade que lhes foi confiada não para servir ao povo, mas para atender a interesses pessoais ou eleitorais.
Um grande abraço,
Antônio Sá
Se eu estivesse trabalhando, concordaria com você, mas como estou desempregada, acho seu questionamento sem nexo. Terça feira já será ponto facultativo, você é aposentado, o que mais quer?
Jany, não quero nada. Não pedi nada. Só comentei sobre o inusitado da questão e ponto. Um abraço. Antônio Sá
Dias Religiosos não deveriam contar como feriado, pra parar o funcionamento do comércio, isso é muito chato
Grato pelo comentário complementar, Elias. Um abraço. Antônio Sá
Grato pelo comentário complementar, Elias. Um abraço. Antônio Sá
O Rio de Janeiro e o Brasil são (deveriam ser) laicos. Nunca houve razão para emendar a quinta feira… e esse ano já temos um feriado gigante.
Grato pela informação complementar. Edu. Um abraço. Antônio Sá
Parece que a quinta– feira santa foi substituída pela terça-feira,para evitar ser ” enforcada”.
Parece justo.Para os mais religiosos,que têm obrigações na quinta-feira santa,resta faltar ao trabalho e ser descontado. O estado é laico e feriados religiosos não deveriam existir
Grato pela informação complementar. Hamilton. Um abraço. Antônio Sá
Excelente reportagem, obviamente enquanto trabalhadores da rede privada, ignorantes em contexto histórico e cultural, a questão aqui traz reflexões relevantes a respeito de interesses, próprios e políticos da gestão pública do Rio de Janeiro….Os analfabetos funcionais, sequer interpretam por completo a matéria.
E assim a manada segue com os antolhos.
Grato pelo comentário complementar, Tais. Um abraço. Antônio Sá
Feriado sexta 18, feriado 21, ponto facultativo 22, feriado 23!
E você ainda quer a quinta-feira?
Nota-se pelo seu currículo o costume com a vida mansa do funcionalismo público.
Grato pelo comentário, Leopoldo, mas menos, por favor, pois você não conhece minha história de trabalho. Honrei com diligência o meu trabalho de servidor público com muito orgulho.Eu trabalhava em média 12 horas por dia. E nunca faltei ao trabalho. Pergunte sobre isso na CMRJ e no gabinete do Prefeito. Meu nome é respeitado lá até hoje, pois muitos foram testemunhas de minha dedicação ao trabalho. Além disso, para mim, não faz diferença alguma ser ponto facultativo ou não, pois estou aposentado. Você deve ter visto isso no meu currículo. Por fim, releia meu artigo e veja que eu questiono é a falta de explicação com referência à mudança de uma postura de anos na Prefeitura. Um abraço. Antônio Sá
Não há necessidade de tanto feriado,o dinheiro está curto,e o povo que briga por feriado santo nem frequenta a igreja que fica de frente a sua casa querem é ir pra praia ,churrasco e outras coisas
Grato pelo comentário complementar, Valmi. Um abraço. Antônio Sá
A kra d pau não tem limites eim, já vai ficar uma semana batendo asa e ainda quer a quinta?? Vai trabalhaaaaaaar!!!!
Grato pela informação complementar. Wellington. Como sou aposentado, é informado logo no início do artigo, para mim tanto faz ser ponto facultativo ou não. A questão é a falta de explicação pelo governo do motivo da quebra de uma tradição em nosso município. Um abraço. Antônio Sá