Pesquisa do Secovi mostra que Leblon segue com o valor de venda mais caro

Estudo, que traz indicadores dos preços ofertados para venda e locação na cidade, revela que a região da Zona Sul teve um valor acima de R$20 mil por m². Bairro de Madureira teve o menor preço, abaixo de R$4 mil

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Avenida Delfim Moreira, no Leblon / Imagem meramente ilustrativa / Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

O Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio divulgou um novo relatório sobre o cenário imobiliário residencial no Rio de Janeiro em 2023, com dados sobre o último mês de fevereiro. O estudo traz indicadores do valor do m² ofertado para venda e locação na cidade e em suas regiões.

De acordo com o levantamento, o valor geral do m² residencial médio ofertado para venda na cidade do Rio foi de R$ 9.241 – em comparação com o mês anterior a variação foi de -0,8%. Analisando as regiões da cidade, foi possível mapear o preço em cada zona da cidade. Na Zona Sul do Rio, local onde se concentram os imóveis de alto padrão, o valor do m² residencial para venda mais alto foi no Leblon, com o preço de R$ 22.276 e uma variação de 0,4%. Já o metro quadrado de aluguel teve um número elevado de variação, com 36,0%, por R$93,25 reais. ”Nosso bairro é cada vez mais procurado por quem quer qualidade de vida. Temos atendido um número importante de pessoas que moram em bairros vizinhos e querem vir pra cá”, diz Anderson Martins, diretor regional da loja da Sergio Castro Imóveis na Ataulfo de Paiva.

Já na Zona Oeste o preço mais alto por venda de m² foi na Barra da Tijuca, com cerca de R$11.949 e uma variação de 3,7%. O menor valor de venda se concentra em Campo Grande, com R$ 3.808. O preço dos aluguéis mais alto e baixo se mantém nas duas regiões, com Barra da Tijuca com R$55,96 e Campo Grande com R$16,21.

Na Zona Norte, o “campeão” do preço mais elevado é o bairro da Tijuca, com R$ 6.793 e uma variação de -2,2%. O valor por locação chegou aos R$ 25,61 por m², 11,7%. Madureira teve o menor valor, com R$3.310 e aluguel por R$ 16,03.

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Fonte: Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio

Os tipos de imóveis também foram pesquisados e os apartamentos foram os mais vendidos e alugados no mês de fevereiro, com cerca de 72,9% nas vendas e 75,1% nas locações.

Custo da construção registra estabilidade em fevereiro

Um outro estudo, desta vez do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que houve um aumentou de 0,05% em fevereiro de 2023 – o que correspondeu a sua menor variação mensal desde novembro de 2019 (0,04%). Esse resultado foi influenciado especialmente pelo recuo do custo com materiais e equipamentos, que no segundo mês do ano, 2023, recuou 0,12%, enquanto o custo com a mão de obra variou 0,02% e o custo com serviços aumentou 0,97%.  

O custo com materiais e equipamentos vem registrando variações mais modestas desde o início do segundo semestre do ano passado. A tendência, inclusive, continua sendo de relatividade estabilidade, o que é muito importante depois de mais de dois anos preocupando a Construção Civil com fortes elevações.

Com o resultado de janeiro, o INCC acumulou, nos últimos 12 meses elevação de 8,63%. Nesse mesmo período o custo com materiais e equipamentos cresceu 4,92% e o custo com a mão de obra apresentou alta de 12,18%. A análise da variação percentual acumulada em 12 meses demonstra que desde setembro/22 a maior fonte de pressão sobre o custo da construção passou a ser o custo com a mão de obra.

Sempre é bom destacar que o custo da construção continua em patamar elevado. De julho 2020, até janeiro de 2023, o INCC/FGV já aumentou 33,73% sendo que o custo com materiais e equipamentos, nesse mesmo período, apresentou elevação de 52,32%, o custo com a mão de obra cresceu 22,99% e o custo com serviços 22,91%. Isso significa que, mesmo diante de variações mais modestas o setor continua com o seu custo em patamar elevado.

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