Dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) e analisados pelo Instituto Rio21, mostram informações sobre a saúde sexual dos alunos cariocas de 13 a 17 anos.
Segundo a Diretora de Pesquisa do Instituto Rio21, Ana Flávia Assumpção: “Os dados analisados indicam que a proporção de estudantes entre 13 e 17 anos que já tiveram relação sexual é maior em escolas públicas que em escolas privadas. Enquanto 44,6% dos estudantes de escolas públicas já transaram alguma vez, esse número caí para 27,9% no caso de escolas privadas, apresentando uma diferença de 16,7 pontos percentuais entre as dependências administrativas do Rio de Janeiro.”
Dentre os que já tiverem relações sexuais, a taxa de uso de preservativos na última relação sexual é ligeiramente maior entre os estudantes de dependências administrativas privadas. Cerca de 55,2% dos escolares de escolas privadas utilizaram camisinha na última relação sexual. Por sua vez, a taxa entre os escolares de escolas públicas foi de 49,8%.
Figura 2 – Percentual de escolares de 13 a 17 anos, dentre os que já tiveram relações sexuais, em que um dos parceiros usou camisinha (preservativo) na última, por dependência administrativa da escola. Fonte: PeNSE 2019. Elaboração: Instituto Rio21.
Por volta de 2/3 dos estudantes que usaram preservativo na última relação sexual, adquiriram a camisinha na farmácia, mercado, loja ou no serviço de saúde. Apenas 6,5% conseguiram o preservativo com mãe, pai ou responsável; 5,9% com um(a) amigo(a); e 2,6% na escola.
A pesquisa também analisou quais outros métodos são utilizados pelos adolescentes para evitar gravidez. De acordo com os dados, o principal método utilizado é a pílula anticoncepcional, com 48,0% dos escolares o tendo utilizado em sua última relação sexual. No entanto, a pílula do dia seguinte, que é uma contracepção de emergência, também foi utilizada amplamente: cerca de 14,5% dos estudantes a utilizaram na última relação sexual.
Vale ressaltar que a proporção de escolares mulheres de 13 a 17 anos, dentre aquelas que já tiveram relação sexual, que já engravidou alguma vez na vida é maior em dependências administrativas públicas do que privadas. Enquanto 7,2% das estudantes de escolas públicas engravidaram pelo menos uma vez, essa taxa caí para 4,8% no caso de escolas privadas.