Nos últimos anos, houve um aumento significativo na presença feminina na advocacia. De acordo com pesquisa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgada em dezembro do ano passado, metade dos advogados do país são mulheres (50%), os homens representam 49% e 1% outras identidades de gêneros.
A pesquisa revelou, ainda, que as advogadas também são mais jovens do que os advogados, o que sugere que a inclusão do público feminino na advocacia cresceu no país. A média de idade das mulheres é de 41 anos, enquanto entre os homens é de 47 anos.
Outro recorte do estudo é sobre a questão racial, a pesquisa mostrou que 64% dos advogados se declaram brancos, mas o levantamento mostrou que essa concentração é significativamente maior entre os advogados mais velhos, acima de 60 anos de idade e com mais tempo de profissão. De acordo com a pesquisa, pretos e pardos estão entre os advogados mais jovens. Isso, de acordo com os pesquisadores, pode indicar a democratização do acesso aos cursos de Direito no país.
Segundo a advogada Joana de Mattos Siqueira, que atua no escritório Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello, a presença feminina na advocacia é crucial para garantir que a profissão seja verdadeiramente representativa da sociedade. “A participação das mulheres na advocacia inspira e empodera outras mulheres a seguirem carreiras jurídicas. A representatividade é um poderoso motivador para as futuras gerações, demonstrando que nós temos um lugar fundamental nos campos profissionais historicamente dominados por homens”, afirma.