Na quinta-feira, um grupo de 30 fantasmas retornou ao Ceperj e ao Palácio Guanabara e de lá seguiu para a agência do Bradesco, em Bangu, onde foi registrado o maior número de saques do esquema do Ceperj.
As contratações foram feitas em forma de RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), sem contracheque, em dinheiro vivo sacado na boca do caixa.
Não houve prévia abertura de processo seletivo e não há publicação no Diário Oficial ou divulgação das folhas de pagamento e dos nomes. Da mesma forma, não consta registro no portal da Fundação Ceperj dos endereços, horários de funcionamento, planos de trabalho e carga horária dos contratados nos projetos.
O esquema de corrupção é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que apresentou ação civil pública questionando os gastos milionários com os programas sem transparência do Ceperj. O TJRJ determinou a suspensão dos pagamentos e novas contratações.
Protestos anteriores
Na terça-feira, um fantasma inflável de 8 metros de altura marcou o início da campanha eleitoral no Rio de Janeiro em frente ao Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores do Estado do Rio de Janeiro), em Botafogo. No mesmo dia, um carro com caça-fantasmas foi para o Palácio Guanabara. A ação dá visibilidade ao escândalo que envolve 18 mil funcionários fantasmas do orçamento secreto estadual e que receberam R$ 226 milhões.
Que desespero da militância do Freixo.