Petrobras inicia operação de refinaria de gás natural em Itaboraí com capacidade de 10,5 milhões de m³ por dia

Petrobras começa operação de refinaria de gás natural em Itaboraí. Unidade processa 10,5 milhões de m³ diários e abastecerá o mercado nacional

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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (11) o início da operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro. A instalação entrou em fase comercial no domingo (10) e já é capaz de processar 10,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. As informações são do Agenda do Poder.

A expectativa da estatal é dobrar essa capacidade até a metade de 2025, com a inauguração do segundo módulo da UPGN. O gás processado na unidade será escoado dos poços do pré-sal por meio do Rota 3, um gasoduto de alta capacidade inaugurado em setembro deste ano.


Um marco na infraestrutura de gás natural

O início da operação da UPGN de Boaventura representa um marco para a infraestrutura de gás natural do Brasil. Trata-se do primeiro grande projeto da Petrobras nesse segmento em pelo menos oito anos. O complexo foi projetado para fortalecer a oferta de gás natural no mercado nacional, processando o gás extraído das reservas do pré-sal.

De acordo com William França, diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, o projeto reforça o compromisso da estatal com o mercado interno:
“A partida comercial da UPGN do Boaventura consagra o início de um projeto integrado com alta complexidade operacional, que vai desde a exploração até a entrega na saída da UPGN, e reafirma o nosso firme propósito de ofertar um maior volume de gás ao mercado nacional,” afirmou.


Complexo Boaventura e o Rota 3

O Complexo de Energias Boaventura, antigo Comperj, foi reformulado pela Petrobras para focar no processamento de gás natural. A infraestrutura da unidade é integrada ao Rota 3, gasoduto que conecta os poços do pré-sal à refinaria.

O Rota 3 é um dos projetos mais ambiciosos da estatal nos últimos anos, com capacidade para transportar grandes volumes de gás natural diretamente das plataformas offshore para o continente. Ele foi inaugurado em setembro e viabiliza o escoamento eficiente de gás para a UPGN.


Benefícios para o mercado nacional

A produção da UPGN é voltada inteiramente para o abastecimento do mercado interno, contribuindo para reduzir a dependência de importações e fortalecer a matriz energética nacional. O gás processado poderá ser utilizado em diferentes setores, como geração de energia, indústrias e transporte.

A Petrobras aposta na UPGN de Boaventura como um ponto estratégico para o desenvolvimento do mercado de gás natural, ampliando a oferta com volumes significativos provenientes do pré-sal.


Expansão futura

A duplicação da capacidade de processamento da UPGN prevista para 2025, com o segundo módulo, ampliará ainda mais a oferta de gás natural. O projeto faz parte da estratégia da Petrobras para consolidar o Brasil como um dos maiores produtores globais de gás.

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3 COMENTÁRIOS

  1. E muito pouco. O gás associado do pressal é desprezado na extração perdulária. Resultado : o país importa GNL, GLP, fertilizantes nitrogenados. Há mai de dez anos poderia estar exportando.

  2. Golaço! Pena que com 10 anos de atraso. Imagine o que o Ex-Comperj teria gerado de PIB para o Estado do Rio. É torcer para que atinja a capacidade plena e essa possa durar, já que a Bacia de Campos está madura e os campos iniciais do Pre-Sal já estão na sua plenitude. Perdemos uma década e esse insumo é recurso não renovável.

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