Foi pedido pelo Ministério Público Federal a condenação da Petrobras e de seus gerentes por provocarem a poluição do Rio Iguaçu e da Baía de Guanabara. Um laudo pericial de fevereiro deste ano atestou novos vazamentos da Reduc – Refinaria de Duque de Caxias.
De acordo com o laudo, as substâncias que foram lançadas pela refinaria podem causar a médio e longo prazo danos à saúde humana, por estarem contaminadas com componentes cancerígenos. De imediato, os elementos poluentes provocaram a morte de parte da vegetação de mangue, com impactos nocivos ao meio ambiente.
Na ação, movida pelo procurador da República Julio José Araújo Junior, o MPF diz que perícias anteriores, realizadas em 2010 e 2011, já haviam constatado depósitos irregulares de óleos e outras substâncias e que essas irregularidades persistem na Reduc até hoje.
“A Reduc é uma planta industrial bastante antiga, da década de 1950. Tem cerca de 10 mil equipamentos obsoletos. É considerada a maior poluidora individual da Baía de Guanabara. E é a responsável pelo maior vazamento da história da Baia, que foi o de janeiro de 2000 no duto da Petrobras. A empresa ainda não indenizou milhares de pescadores artesanais que foram prejudicados por esse vazamento, mesmo tendo sido condenada pela Justiça”. conta Sérgio Ricardo, do Movimento Baía Viva.
Em 2000, um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo de um dos dutos da Reduc contaminou grande parte do ecossistema e prejudicou a vida de milhares de pescadores, matando manguezais, animais e plantas.
