PF faz operação contra quadrilha especializada em extração ilegal do pau-brasil no RJ

O grupo usava a madeira para fabricar violinos, entre outros instrumentos musicais, e estima-se que a organização tenha lucrado ilegalmente mais de R$ 370 milhões. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital do Rio e em São Gonçalo

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Foto: PF/Divulgação

Na manhã desta terça-feira, (08/11), a Polícia Federal e o Ibama realizam a segunda fase da Operação Ibirapitanga II contra uma organização criminosa especializada na exploração e comércio ilegal de pau-brasil e outras espécies ameaçadas de extinção. A quadrilha usava o material extraído ilegalmente para fabricar instrumentos musicais de corda, como arcos de violino.

A Polícia Federal estimada que o grupo tenha lucrado ilegalmente mais de R$ 370 milhões. “O arco é o produto final produzido a partir da vareta. No Brasil, as varetas são adquiridas por valores que giram entre R$ 20 e R$ 40 reais. No exterior, os arcos podem ser comercializados no exterior por até U$ 2.600,00, o equivalente a R$ 14.600,00”, disse a Polícia Federal.

As investigações apontaram que o material era comercializado no exterior sem qualquer controle das autoridades brasileiras. Ao todo, estão sendo cumpridos, 37 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Alagoas. No Rio os mandados estão sendo cumpridos em São Gonçalo e na capital fluminense.

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Foto: PF/Divulgação

“O objetivo das ações de hoje, além do cumprimento das ordens judiciais, é obter novos elementos de prova para desmantelar por completo o grupo criminoso dedicado ao cometimento de crimes contra à flora, contra à administração ambiental e outros crimes ambientais”, informou a PF.

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A Polícia Federal ainda informa que há fortes indícios de que a organização criminosa, que tem ramificação internacional, atuava para beneficiar o pau-brasil extraído clandestinamente de Unidades de Conservação Federal.

Início das investigações

A PF afirma que as investigações começaram após ações de fiscalização realizadas pelo Ibama na Operação “DÓ RÉ MI” que resultaram em apreensões de mais de 42 mil varetas de Pau-Brasil, além de mais de 150 toretes. Em 2021, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Ibirapitanga, foram apreendidas outras 32 mil varetas e 85 toretes.

“Naquele momento, foram descobertos indícios que apontavam para a existência de uma associação criminosa envolvendo extratores, transportadores, intermediários, atravessadores, arqueiros e empresas de produção e exportação de acessórios de instrumentos musicais de corda”, detalhou a Polícia Federal, que ainda diz que “tendo como referência somente as 74.000 unidades de varetas/arcos já apreendidas no curso da investigação até a deflagração da primeira fase e considerando um valor final de mercado médio de US$ 1.000,00 por cada arco de violino comercializado no exterior, estima-se que os valores finais poderiam alcançar cerca de R$ 370 milhões”.

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