Pista de esgoto ou de skate? População se queixa do estado do parque esportivo da Praia do Forte, em Cabo Frio

Frequentadores do local relatam que o descaso com a infraestrutura acontece desde 2014, ano de inauguração do complexo

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Estado precário da pista de skate da Praia do Forte, em Cabo Frio (Foto: Reprodução)

O que era para ser um espaço de lazer, diversão e prática de esportes, virou uma dor de cabeça para os frequentadores de uma pista de skate localizada às margens da Praia do Forte, em Cabo Frio, município da Região dos Lagos. Os skatistas denunciaram ao DIÁRIO DO RIO as condições precárias e insalubres do local. Eles reclamam do acúmulo de lixo, água suja de esgoto e o forte mau cheiro na área conhecida como bowl, além do estado do piso que abriga a pista de street. Quem tenta usufruir do lugar, diz que os problemas acontecem desde a inauguração do complexo, em 2014.

O Skate Park Allan Mesquita é formado por três opções de pistas: Bowl, Street e SnakeRun. De acordo com o próprio site da prefeitura, O bowl e a parte de street, principais alvos das queixas, seguem padrões internacionais, colocando Cabo Frio no roteiro mundial das modalidades. Já o snakerun, cumpre uma função mais recreativa, atinge tanto o skate contemporâneo como o skate mais associado ao surfe, tais como longboards e semilongs.

Mas a realidade é bem diferente da contada pelo Poder Público. Em um vídeo que circula nas redes sociais, por exemplo, os praticantes do skate mostram a coloração escura da água que toma conta de boa parte do bowl. A pessoa que está filmando ironiza, chamando o lugar de “piscina de Guaravita”, enquanto um jovem, exposto a doenças, tenta inútilmente utilizar a pista. 

A falta de cuidado com a infraestrutura da pista, que,além do esporte, é um espaço para o convívio social dos jovens, tem causado insatisfação entre os praticantes de skate e a comunidade em geral.

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Arquiteto e frequentador do Skate Park, Felipe Terra alerta que parte da pista foi construída mais funda que a manilha da rua, o que, junto com o esgoto produzido, sobretudo pelos quiosques do entorno, resulta no alagamento da pista. Ainda segundo ele, a solução seria a instalação de uma bomba para escoar a água.

O pior de tudo é a gente conviver com uma água que a gente não sabe nem direito. E essa água não precisa de chuva para aparecer, ela vem do nada. Na gestão passada (da prefeitura) eles até utilizavam mais caminhões para esgotar a pista e faziam também o trabalho de limpeza. Atualmente, a gente tem visto muito pouco. Amigos nossos que tem limpado a pista”, diz Terra, que completa.

O ideal seria que houvesse uma reforma por empresas que realmente trabalham com esse tipo de reforma. Porque fizeram agora uma obra na parte que menos precisava de reparo. A prefeitura se reúne com a gente, pergunta o que é mais necessário, mas eles vem fazem o que querem, reformam uma coisa que a gente nem pediu, que nem precisava. Os reapros emergenciais são o esgoto, o piso do street e a revitalização do bowl com a instalação da bomba

O DIÁRIO DO RIO cobrou explicações da prefeitura de Cabo Frio, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.

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1 COMENTÁRIO

  1. Vergonha. Uma cidade turistica da imoortância de Cabo Frio estar do jeito que está. Uma pista de skate a 50m da Praia do Forte com uma piscina de esgoto. Vergonha!

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