O PL perdeu duas vagas de vereador no Rio de Janeiro após seus candidatos não alcançarem o mínimo de votos necessários para serem beneficiados pela regra do quociente eleitoral (QE), favorecendo o PSD, partido do prefeito Eduardo Paes. O quociente eleitoral é determinado pela divisão do total de votos válidos para vereador pelo número de vagas disponíveis. No caso do Rio, foram 3.034.625 votos válidos, divididos por 51 cadeiras, resultando em um QE de 58.760. As informações são de Berenice Seara/Tempo Real RJ.
Para participar da distribuição das sobras, cada candidato precisava atingir pelo menos 20% do QE, ou seja, 11.752 votos. No entanto, os candidatos do PL, Alana Passos e Chagas Bola, ficaram abaixo desse limite. Alana Passos, oitava colocada do partido, obteve 11.046 votos, enquanto Chagas Bola, nono colocado, teve 11.009 votos.
Por não atingirem o mínimo necessário, as vagas foram redistribuídas, beneficiando o PSD, que já tinha 14 vereadores eleitos e, com essa redistribuição, chegou a 16 cadeiras.
Falha de estratégia do PL e bolsonarismo
Essa situação evidencia um erro de estratégia do PL e do bolsonarismo no Rio. A campanha focou excessivamente na reeleição de Carlos Bolsonaro, que obteve mais de 130 mil votos, o que deixou outros candidatos bolsonaristas do partido com votações abaixo do esperado. O resultado foi a perda de duas vagas importantes no Legislativo municipal, transferindo ainda mais poder ao PSD, partido alinhado ao prefeito Eduardo Paes.