Primeira-dama do município do Rio de Janeiro e coordenadora da Obra Social Abrace o Rio, Sylvia Crivella lançou, nesta sexta-feira (03/07), o plano de requalificação ambiental do Parque Yitzhak Rabin, localizado no Morro do Pasmado, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Ela plantou a 1ª das 100 mudas de oliveira no local, no entorno do Memorial do Holocausto, que está em construção.
”Estou muito feliz por estar aqui hoje. Nós estamos inaugurando a trilha plantando um pé de oliveira, que é muito simbólica. A oliveira, na época da Bíblia, era o petróleo. Ela dava o sabão, curava os enfermos, iluminava o templo. E nós estamos vivendo uma época de Noé, com um dilúvio que veio sobre o mundo. E, se lembrarmos da história bíblica, quando as águas do dilúvio estavam baixando, Noé colocou uma pomba para sair da arca. E ela trouxe um ramo de oliveira. A oliveira não morreu no dilúvio. Essas que plantamos hoje também não vão morrer, elas vão ser o memorial de que nós vamos sempre vencer. E, quando inaugurarmos o Memorial, vai ser um dia também memorável. Porque nós declaramos que aqui no Rio de Janeiro, holocausto nunca mais”, disse Sylvia.
Durante sua visita, a primeira-dama conheceu o plano de requalificação ambiental para o local, apresentado pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Bernardo Egas.
”O Memorial do Holocausto ganha agora uma área externa com trilhas e bosques cheios de significados simbólicos, com essa importante requalificação ambiental”, destacou Bernardo.
A revitalização do local inclui a criação dos bosques das Oliveiras e de Israel, numa área de 200m², onde serão plantadas mudas de espécies representativas da flora de Israel, como oliveira, tamareira, figueira e cedro do Líbano. A nova área também terá uma trilha de 500 metros de extensão partindo da entrada do Parque Yitzhak Rabin, no Bosque das Oliveiras, contornando o morro pela face sul, até o novo Bosque de Israel.
O projeto de requalificação criado pela Coordenadoria de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente vai restaurar toda a flora nativa no topo do Morro do Pasmado, com a plantação de 7 mil mudas de espécies como ipês, pau brasil, palmito, peroba, cedro, pitanga, araçá, bromélias, orquídeas, buganvile, entre outras.
”O lançamento das obras de requalificação ambiental do Parque Yitzhak Rabin representa um marco para o turismo da cidade. Além de revitalizar um local que estava abandonado há décadas, vamos entregar um importante empreendimento, o Memorial do Holocausto, uma parceria entre a Prefeitura e a iniciativa privada que deu certo e que, com certeza, servirá de exemplo para muitas outras iniciativas”, comemorou Marcelo Rotenberg, presidente do Instituto Memorial do Holocausto, referindo-se à inauguração do Memorial, em dezembro.
Estiveram presentes ao evento Arnon Velmovitsky, presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro; o assessor especial do prefeito Marcelo Crivella, Justino Carvalho; o embaixador Antonio Mello, coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio; e o presidente da Comlurb, Paulo Mangueira.
Monumento homenageando as vítimas do nazismo
O projeto do Memorial do Holocausto foi adotado logo no início da gestão de Marcelo Crivella, em 2017, pelo grupo de trabalho encarregado da criação do Instituto Memorial do Holocausto, cuja principal missão foi tornar realidade a construção de um espaço de homenagem à memória das mais de 11 milhões de pessoas vítimas do Nazifascismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Em abril de 2018, foi assinado o termo de cessão de uso do terreno no Morro do Pasmado entre a Prefeitura do Rio e a Associação Cultural Memorial do Holocausto, que foi responsável pela captação de recursos junto à iniciativa privada para a construção do empreendimento, sem ônus para os cofres públicos. Em fevereiro de 2019, foram iniciadas as obras para a construção do Memorial.
O projeto para a construção da edificação principal de 1,624 mil metros quadrados e do totem de quase 20 metros de altura, dedicados à memória das vítimas do holocausto, com área para exposições e auditório, foi escolhido em 1998 por meio de um concurso público nacional promovido pela Prefeitura do Rio e o Instituto dos Arquitetos do Brasil. O projeto escolhido foi o do arquiteto André Orioli, eleito por unanimidade pelo júri do concurso.