Polícia Civil conclui primeira parte da investigação sobre órgãos transplantados com HIV

Justiça decidiu manter a prisão temporária dos quatro funcionários do laboratório PCS Saleme

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Foto: Maurício Bazilio/Secretaria de Estado de Saúde

Nesta sexta-feira (18/10), a Polícia Civil concluiu a primeira parte da investigação sobre os órgãos transplantados com HIV. A Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do laboratório PCS Saleme. A informação foi divulgada pelo portal de notícias “g1”.

O último a ser preso, Cleber de Oliveira Santos, disse em depoimento que não trabalhava mais no PCS Saleme na época dos exames errados. O biólogo aposentado disse que só foi contratado verbalmente e que foi substituído no dia 20 de janeiro de 2024 com a chegada da nova coordenadora Adriana Vargas dos Anjos. O primeiro exame com o falso negativo foi feito de três dias depois, em 23 de janeiro, segundo as informações divulgadas pelo RJTV.

O jornal da TV Glovo também informou sobre os depoimentos da Jacqueline Bacellar, que também está presa. O depoimento dela coincide com o de outro funcionário preso, o técnico de laboratório Ivanílson Fernandes dos Santos. Os dois disseram que receberam ordens para economizar no controle de qualidade.

O Ministério Público enviou à Justiça uma representação com novas acusações. Os promotores afirmam que os investigados e o PCS Saleme já emitiram dezenas de resultados com falso positivo e falso negativo para HIV, inclusive em exames de crianças e estão respondendo a inúmeras ações indenizatórias por danos morais e materiais, de forma que a reiteração dessa conduta demonstra total indiferença com a vida de seus clientes e da população como um todo.

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1 COMENTÁRIO

  1. A ministra da saúde e demais servidores do comando dos órgãos do ministério deveriam ser punidos, pela omissão de comunicar às autoridades policiais o fato que estava sendo apurado que culminou com infecção de transplantados por vírus HIV.
    Alegar que apenas seria comunicado quando houvesse indícios de crime está óbvio que é mentira! Mais provável quisesse proteger da repercussão negativa desse escândalo que respingaria na deficiente regulação e fiscalização.
    E ainda não fosse crime doloso haveria culposo a se investigar, isto é, imprudência, imperícia ou negligência, eis que a saúde de pessoas foram afetadas.

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