Polícia Civil do Rio implementa Alerta Amber para casos de crianças desaparecidas

Polícia Civil do Rio adota Alerta Amber para agilizar a busca por crianças desaparecidas, reforçando o compromisso da DDPA, que comemora 10 anos de atuação com 85% de resolutividade nos casos.

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A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, iniciou uma nova fase de atuação ao adotar o Alerta Amber, um sistema de alerta para casos de crianças e adolescentes desaparecidos que estejam em risco iminente de morte ou lesão corporal grave. A iniciativa, que já é utilizada nos Estados Unidos, será implementada em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e com a Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram.

O sistema permite que as informações sobre desaparecimentos sejam compartilhadas com usuários dessas redes sociais em um raio de 160 quilômetros do último local em que a criança ou adolescente foi visto. Através desses alertas, fotos da vítima e contatos para envio de informações úteis à investigação serão disponibilizados à população, com o objetivo de acelerar a localização da criança.

O Alerta Amber, embora coordenado pela DDPA, será acionado para casos em todo o Estado do Rio de Janeiro, e visa aumentar as chances de localização imediata da vítima.

DDPA comemora 10 anos de atuação

Essa nova medida faz parte das ações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, que acaba de completar 10 anos de serviço especializado na busca por pessoas desaparecidas. Fundada em 2014, a unidade foi criada com o objetivo de centralizar e otimizar os esforços da Polícia Civil na localização de desaparecidos, além de fomentar a cooperação entre diversas áreas da polícia e outras instituições.

Desde sua criação, a DDPA tem se destacado por seu elevado índice de sucesso, com 85% das pessoas desaparecidas sendo localizadas. A delegacia também realiza campanhas de conscientização e oferece orientação para notificação rápida em casos de desaparecimento.

A titular da delegacia, Elen Souto, ressalta a importância da cooperação entre diferentes setores e o acolhimento às famílias. “A investigação de desaparecimento demanda uma grande interlocução entre diversos atores estatais, privados e a sociedade civil. Nosso papel é garantir a excelência na comunicação para rápida localização do ente desaparecido e oferecer o acolhimento necessário às famílias”, afirmou.

Casos de destaque solucionados pela DDPA

Entre os inúmeros casos solucionados pela DDPA, destaca-se o de uma menina de 12 anos, que desapareceu em 2023 ao sair para ir à escola. Após investigações, ela foi localizada em São Luís, no Maranhão, após ser atraída por um homem de 25 anos, com quem havia tido contato por meio de um aplicativo de compartilhamento de vídeos. A criança foi resgatada e trazida de volta ao Rio de Janeiro.

Outro caso de grande repercussão foi o de Natalie Rios Motta Salles, que desapareceu em 2017 e foi morta por seu ex-namorado. Natalie estava grávida, e a prisão rápida do autor foi possível graças ao trabalho do Núcleo de Cadáveres da DDPA, que localizou o corpo da vítima no mesmo dia do desaparecimento, a 120 km de onde ela foi vista pela última vez.

Além desses casos, a DDPA foi fundamental na busca por desaparecidos durante as chuvas de Petrópolis em 2022, quando uma equipe da unidade foi enviada à Região Serrana para apoiar os esforços de resgate.

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