A Polícia Civil cumpre, nesta segunda-feira (11/11), 11 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol no Rio de Janeiro e lavagem de dinheiro. A Operação VAR, da Delegacia do Consumidor (Decon), investiga fraudes ocorridas durante a Série B do Campeonato Carioca deste ano. Os clubes sob suspeita são o Nova Cidade, o Belford Roxo, o São José, o Brasileiro e o Duquecaxiense.
As diligências estão sendo realizadas na Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Vila Valqueire, na Zona Oeste; em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; e em um endereço no estado de São Paulo, com apoio da Polícia Civil paulista. Na última sexta-feira (08/11), um dos alvos foi preso pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes.
De acordo com as investigações, a suspeita é de que resultados manipulados tenham sido usados para beneficiar apostadores. O inquérito foi iniciado após um jogo em que o Nova Cidade vencia por 3 a 1 no primeiro tempo, mas sofreu uma virada, perdendo por 5 a 3 para o Belford Roxo. O resultado gerou um volume significativo de apostas esportivas em uma empresa asiática, o que chamou a atenção das autoridades e aumentou as suspeitas de manipulação.
A situação também chamou a atenção da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que identificou fraudes na Segundona carioca e fez a denúncia à Polícia Civil. As ordens judiciais de busca e apreensão foram expedidas pelo Juizado do Torcedor e Grandes Eventos.
Em nota ao jornal G1, o Duquecaxiense Futebol Clube manifestou sua posição sobre o caso. “O clube condena veementemente qualquer ato atentatório à ordem desportiva e reitera seu compromisso com os princípios de fair play e justiça esportiva”, declarou.
“O Duquecaxiense Futebol Clube jamais apoiou, praticou ou compactuou com os fatos que deram origem à sanção de suspensão aplicada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro há 2 anos e confirmada pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro. Lamentamos profundamente que, no curso do processo disciplinar, o presidente do clube não tenha sido ouvido, apesar das reiteradas tentativas do patrono em assegurar essa oitiva.”