Nesta quarta-feira (26/04), a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade deram início a “Operação Areia Legal” contra a extração clandestina da matéria-prima pelas milícias em atividade na Zona Oeste. De acordo com o Portal G1, os gentes saíram para remover, apreender e destruir o maquinário responsável pela prática ilegal.
As investigações também identificaram que integrantes da milícia a mando do ex-policial militar William dos Santos Araújo, o Tubarão, e de Danilo Dias Lima, o Tandera, vêm explorando areais de Seropédica e Itaguaí.
A ação foi desencadeada a partir do trabalho de inteligência baseado em mapeamentos de satélites. De acordo com os investigadores, a areia retirada ilegalmente seria utilizada em construções da milícia, como os prédios que desabaram na Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 2019, matando 24 pessoas.
Em nota ao G1, a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade informou que notou o crescimento do desmatamento na região e que os locais usados pelos criminosos têm sinais de devastação. “A extração irregular de areia e argila provoca assoreamento dos cursos d’água, formação de processos erosivos e supressão da vegetação, entre outros, tornando o ambiente mais vulnerável aos impactos”.
A “Operação Areia Legal” também contou com o apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Comando de Polícia Militar e da Polícia Federal.