Polícia Civil resgata homem condenado pelo ‘tribunal do tráfico’ no dia de Natal

Agentes acreditam que a vítima tenha sido capturada, roubada e torturada por morar em área controlada por facção criminosa inimiga da que controla a Favela do Caju

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A quarta-feira de Natal teria sido trágica para um produtor musical, caso a Polícia Civil fluminense não tivesse tido uma atuação rápida e eficiente. O homem, que foi capturado ao sair de uma festa na Vila do João, estava nas mãos do “tribunal do tráfico” e foi salvo pelos policiais na Favela do Caju, na Região Portuária do Rio de Janeiro.

Ao Jornal Nacional, a vítima disse que estava em uma moto quando foi parada pelos criminosos: “Eu estava de moto na pista. Eles me jogaram para o mato, me amarraram. Falaram que iam tirar minha vida. Eu só pedia a Deus uma chance. Levaram tudo, meu telefone, minha carteira, tudo.

A vítima, de 24 anos, que seria assassinada por um grupo de bandidos, foi identificada por agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) que faziam um mapeamento aéreo de um aterro clandestino às margens na Baía de Guanabara, na manhã desta quarta-feira.

Nas imagens, os funcionários flagraram a vítima sendo imobilizada e agredida por traficantes armados, que se preparavam para executá-lo. Os fiscais então acionaram a Polícia Civil, que, após uma ação de inteligência da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), em conjunto com o Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), chegaram ao local.

Segundo os agentes policiais, o homem que seria assassinado é morador do Complexo da Maré, que é dominado pelo Comando Vermelho (CV). Os policiais acreditam que esse tenha sido o motivo da captura e tortura da vítima, uma vez que o Caju é controlado por traficantes do Terceiro Comando Puro, grupo rival.

“Criminosos o identificaram como morador da outra localidade, abordaram e fizeram todo aquele ritual bárbaro do tráfico de drogas. O rapaz não tinha qualquer envolvimento com o crime organizado, com o tráfico de drogas, não tinha anotação criminal. Era um produtor musical que seria executado de forma brutal por narcotraficantes pelo simples fato de morar em outra comunidade”, disse André Neves, chefe do departamento geral de Polícia Especializada, ao JN.

De acordo com o G1, produtor musical relatou que teve seus pertences roubados pelos bandidos, sendo em seguida, amarrado pelos pés e pulsos para ser julgado pelo tribunal do tráfico.

O homem contou que chegou a ficar cercado por até cinco criminosos.

Durante a ação de resgate da vítima, um traficante foi morto pelos policiais, e um fuzil foi apreendido.

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