A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre o furto de uma peça de arte sacra da Igreja São Francisco de Paula, situada no Largo São Francisco, no Centro do Rio. O incidente ocorreu no último sábado (04/11). O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá) mas a intervenção se fez necessária devido à importância do ostensório, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
As imagens das câmeras de segurança da igreja captaram o momento em que a peça, feita de prata com detalhes banhados em ouro, foi subtraída por dois indivíduos. Os responsáveis pelo furto, após a aquisição da custódia, decidiram fragmentá-la, abandonando a base no adro da igreja e levando apenas a parte superior, onde se encontra o resplendor.
A peça trata-se de um objeto utilizado para abrigar a hóstia. Ela é confeccionada em liga metálica e adornada com pedras semipreciosas, com dimensões de 140 cm de altura por 44 cm de largura. Sua origem remonta o século XIX e a peça estava integrada ao acervo da igreja, tendo sido tombada pelo Iphan em 1938 e posteriormente inventariada em 2001.
O incidente foi comunicado ao Iphan, na manhã do último domingo (05/11), pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. O Iphan, por sua vez, tomou medidas imediatas, fornecendo fotografias e informações detalhadas sobre a peça roubada ao Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados, a fim de contribuir com a investigação.
O recente furto não se trata de um incidente isolado, no que diz respeito a obras sacras, no Centro do Rio. Esta região abriga algumas das mais tradicionais e ornamentadas igrejas do Brasil. Uma reportagem do DIÁRIO DO RIO revelou que a Polícia Federal também está conduzindo uma investigação em relação a itens valiosos que foram furtados das Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, na Rua do Ouvidor, e Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Rua Primeiro de Março.
Os artefatos subtraídos, foram descobertos posteriormente em uma casa de leilões em Copacabana, na Zona Sul do Rio, conhecida como uma das mais prestigiadas.
Qualquer informação acerca do paradeiro da peça deve ser comunicada ao Iphan, pelo e-mail cnart@iphan.gov.br.