Polícia Federal realiza megaoperação contra esquema de contrabando de cigarros no RJ

De acordo com as investigações, a organização criminosa é responsável por causar prejuízos de R$ 2 bilhões à União; a força-tarefa conta com o apoio da Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos, pois a quadrilha também atua ilegalmente no exterior

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Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram na manhã desta quarta-feira, (23/11), a Operação Smoke Free, contra uma organização criminosa transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros. Cerca de 40 equipes foram para endereços na capital do estado e na Baixada Fluminense, a fim de cumprir 27 mandados de prisão.

A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.

A Polícia afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões. Entre os alvos estão PMs, bombeiros, um policial federal e Adilson Coutinho Oliveira Filho, que é procurado desde junho do ano passado também pelo comércio irregular de cigarros.

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu também 50 mandados de busca e apreensão e determinou bloqueio, sequestro e apreensão de bens no valor de R$ 300 milhões. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e depósitos em contas bancárias.

2020

De acordo com a investigação, iniciada em 2020, o grupo criminoso reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias. “Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular”, afirma a PF.

Ainda segundo os investigadores, a quadrilha contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.

Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Se condenados, podem pegar 66 anos de prisão.

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