Para muitas pessoas o sofrimento causado pela morte de um animal de estimação se assemelha à perda de uma pessoa querida. Tratar do destino dos restos mortais do bichinho também pode representar uma outra etapa dolorosa na vida dos tutores. Apesar de toda a dor envolvida, ainda tem que gente que faz pouco caso do assunto e ainda lucra com isso.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), investiga nove empresas suspeitas de aplicar golpe da falsa cremação em famílias de pets, que solicitaram e pagaram pelo procedimento, que muitas vezes é caro.
A farsa foi descoberta por agentes da DPMA, após denúncias de tutores, que verificaram discrepâncias entre as informações prestadas pelas empresas e os registros de crematórios. Em um dos casos, o tutor de uma gata teria recebido a informação de que o certificado de cremação seria entregue pela empresa em um prazo de 30 dias. Ao receber o documento, o tutor reconheceu algumas incoerências de informação e decidiu entrar em contato com o crematório, que teria negado que o corpo do animal tivesse dado entrada em suas dependências. A família da gatinha decidiu, então, procurar a Polícia Civil, onde descobriu que há outros casos semelhantes sendo investigados.
O delegado da DPMA, Wellington Vieira, destacou as empresas suspeitas estão sendo catalogadas e seus responsáveis intimados a prestar esclarecimentos. “Não há fraude comprovada, mas há investigação sobre possíveis fraudes. As empresas que se propõe a prestar o referido serviço serão chamadas na DPMA para averiguação da regularidade. As pessoas devem indagar sobre essa regulamentação antes de contratar o serviço”, disse o delegado, acrescentando que o tutor deve exigir regulamentação por parte da prestadora de serviço de cremação de animais de estimação.
No Estado do Rio de Janeiro há somente seis crematórios regulamentados para realizar o procedimento em animais de estimação: dois deles na capital. Duque de Caxias, São Gonçalo, Macaé e Maricá contam com um crematório cada.
“A falta de regularidade é o primeiro indício de que a pessoa está na iminência de ser enganada. (…) Logo se a empresa não tem essa regulamentação pode estar praticando fraudes”, explicou o titular da DPMA.
As informações são do jornal O DIA.