Por pouco, estátua do Chacrinha não tem buzina furtada, no Jardim Botânico

Inaugurada em 2010, a estátua é assinada pelo cartunista, escultor, ilustrador e artista plástico Ique, O monumento fica na Rua General Garzon

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Foto Cleomir Tavares/ Diario do Rio

A estátua em homenagem ao apresentador Chacrinha, localizada no Jardim Botânico, na Zona Sul da cidade, quase foi vandalizada. Se não fosse pelo cuidado e comprometimento de um morador do bairro em ter guardado o microfone do Velho Guerreiro. A peça quase foi arrancada por um morador de rua.

O vendedor Gabriel Senna, herói do patrimônio público, guardou a peça avariada e a entregou ao gari Gustavo Soares, que acionou a Gerência de Monumentos e Chafarizes da Conservação, para que a buzina fosse recolocada de forma adequada na estátua.

“Um senhor parou do lado da estátua e forçou o bacalhau e o microfone, deixando o microfone solto para, provavelmente, vir buscar mais tarde. Depois que ele saiu, fui até lá, peguei o microfone e guardei”, disse ele. “Quando encontrei o Gustavo, que é gari, deixei o microfone com ele, para que entregasse a quem poderia colocar no lugar”, contou o vendedor.

Graças à colaboração de um cidadão atento, a estátua do apresentador não ficou sem o microfone. Nesta quinta-feira (15), a Secretaria Municipal de Conservação, recolocou a peça, guardada pelo vendedor Gabriel Senna que lembrou que esta não teria sido a primeira tentativa de furto contra monumento. Em outra ocasião, toda a estátua do Chacrinha teria sido objeto da sanha dos canibais da memória nacional.

“Em outra ocasião, um rapaz parou com um caminhão do outro lado da rua e saltaram duas pessoas que tentaram forçar a estátua. Perguntei o que estavam fazendo e eles saíram. A gente está na rua, trabalhando, e não vai admitir uma coisa dessas”, afirmou Gabriel.

A secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco, parabenizou Gabriel e Gustavo pela inciativa, destacando que os cariocas deveriam se engajar de forma mais firme contra a depredação dos monumentos da cidade.

 “Sempre pedimos para que a população nos ajude a zelar pelos monumentos e ficamos muito felizes com a atitude do Gabriel, que se mostrou um verdadeiro guardião do Chacrinha. Não apenas a Conservação, mas toda a cidade agradece a ele e ao Gustavo”, afirmou ela.

Sobre Chacrinha:

Pernambucano da cidade de Surubim, José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, foi o maior comunicador de rádio e televisão, que o Brasil conheceu. Entre as décadas de 1950 a 1980, Chacrinha dominou a arte da animação dos programas de auditório. Criativo, ele inventava bordões que extrapolavam os limites da telinha. Na televisão, nada se cria, tudo se copia” e “Quem não se comunica, se trumbica” são os mais conhecidos deles. O último foi citado no enredo da Império Serrano, no Carnaval de 1987.

O Velho Guerreiro, assim chamado por conta da canção “Aquele abraço”, de Gilberto Gil, lançou várias artistas que, com o tempo, se tornaram consagrados, entre eles estão Raul Seixas, Clara Nunes e o monumental Roberto Carlos. Inúmeros foram os calouros apresentados por Chacrinha. Levar uma buzinada sua era quase uma glória para eles, em razão da visibilidade do seu programa.

Assinada pelo cartunista, escultor, ilustrador e artista plástico Ique, a estátua do Chacrinha fica na Rua General Garzon, no Jardim Botânico, e foi inaugurada em 2010. A peça é toda feita em bronze, em tamanho natural, e retrata o Velho Guerreiro com sua roupa de apresentador, envergando um bacalhau e a célebre buzina que usava para eliminar calouros.

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