Por conta do atraso no repasse de verbas, a Unidos do Porto da Pedra, agremiação de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, foi forçada a cancelar seu último desfile de rua. A escola, que foi rebaixada para a Série Ouro no ano passado, informou que o pagamento da subvenção de R$ 300 mil, prometido pela Prefeitura de São Gonçalo, ainda não foi realizado.
Em uma postagem nas redes sociais, a escola justificou o cancelamento por “motivos alheios à nossa vontade”. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a agremiação priorizou o pagamento das pessoas que estão se esforçando para levar o carnaval para a Avenida. “Recebemos a informação de que houve um TED efetuado na sexta-feira, conforme acordado, mas por motivos que desconhecemos, a transferência não foi concluída”, disse a escola ao jornal O Globo. Esta segunda seria a data decisiva para que o pagamento fosse concretizado.
A subvenção é crucial para cobrir as várias despesas de desfilar na Sapucaí e, nos ensaios de rua, ela ajuda a pagar o carro de som, a hidratação dos componentes e o transporte da bateria, segundo a direção do Tigre de São Gonçalo.
Em nota divulgada no final de semana, a Prefeitura de São Gonçalo afirmou que o repasse foi feito “após os trâmites legais” e destacou que as secretarias de Meio Ambiente e Transportes, de Saúde e de Conservação, a Subsecretaria de Fiscalização de Posturas, além da Guarda Municipal e das equipes do Segurança Presente, estavam mobilizadas para a realização do evento, com esquema de trânsito especial.
A prefeitura diz ter ficado surpresa com o cancelamento do ensaio. “Todos os órgãos estavam prontos: Guarda Municipal, Transporte, postos de saúde, e a via já estava interditada. Não havia nenhum impedimento da nossa parte, pelo contrário, centenas de servidores estavam mobilizados, como no primeiro ensaio de rua. Fomos informados do cancelamento pelas redes sociais”, disse o Secretário de Comunicação, Alexandre Coutinho.
A agremiação está se preparando para apresentar o enredo “A História que a Borracha do Tempo Não Apagou”, que traz à tona a implementação das indústrias Ford na Amazônia.