A PortosRio e o Ministério de Portos e Aeroportos anunciaram, nesta segunda-feira (2), o investimento de R$ 400 milhões para a realização de dragagens no terminal marítimo. O anúncio foi feito durante uma cerimônia oficial, no Armazém 1, que contou com a presença de atores importantes da comunidade portuária fluminense, aos quais também foi apresentada a nova identidade visual da PortosRio. Na ocasião, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com a Unesco.
Os primeiros serviços serão as dragagens do Cais da Gamboa e do Canal de Barra Grande, com início previsto em 30 de outubro a um custo de R$ 117 milhões. O Canal do Mangue também passará por intervenções, avaliadas em R$ 11,5 milhões, por se tratar de uma área que concentra a maior quantidade de sedimentação no Porto fluminense. As obras integram o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e são cruciais para a manutenção e ampliação da capacidade operacional do terminal.
A chegada da draga Willem Van Rubroeck – a maior do mundo – para a finalização dos procedimentos no Canal Principal, também foi destaque no evento. Com a dragagem do canal, o Porto do Rio estará apto a receber navios de grande porte, como os da classe New Panamax, com 366 metros de comprimento e capacidade para aproximadamente 14 mil TEUs (equivalente a contêineres de 20 pés). A intervenção, orçada em R$ 163 milhões, deve terminar em novembro. A expectativa é de que, com a nova estrutura, o terminal fluminense impacte de forma significativa a economia regional e nacional, além de garantir maior segurança na navegação.
O presidente da PortosRio, Francisco Martins, comentou sobre a importância das obras em andamento: “Estamos comprometidos em modernizar e ampliar a infraestrutura do Porto do Rio de Janeiro, garantindo que ele continue sendo um dos principais polos de comércio internacional do Brasil. São investimentos essenciais para aumentar a competitividade do porto e apoiar o crescimento econômico da região e do país,” disse Martins, que ressaltou a importância de a companhia desenvolver uma nova marca: “A atualização da nossa marca reflete o momento de renovação pelo qual passamos, com o apoio do Governo Lula, que está revitalizando o setor portuário e gerando mais empregos. A nova identidade simboliza o fortalecimento dos nossos portos e reforça nosso compromisso em promover o desenvolvimento socioeconômico da região.”
Aos presentes, o assessor de comunicação da PortosRio, Wallace Gross, explicou o significado da marca: “Desenvolvemos uma identidade que integra tradição e modernidade, refletindo nossa história e valores, além de sinalizar nosso compromisso com o futuro. A nova marca simboliza a força e a eficiência da PortosRio e reafirma nosso papel como agentes transformadores na gestão portuária.”
Já o Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Unesco, representada por Fábio Eon, Coordenador dos Setores de Ciências Naturais e de Ciências Humanas e Sociais, tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável dos portos do Rio, por meio de mecanismos, como: eficiência energética, gestão adequada de resíduos e preservação de ecossistemas locais. Uma vez postas em prática, as iniciativas contribuirão para minimizar os efeitos das mudanças climáticas, além de cumprir metas presentes no Acordo de Paris.
Homenagem e Parceria
Os participantes do encontro também prestigiaram Marli Barros de Amorim, a funcionária mais antiga da PortosRio, que trabalha há 51 anos na companhia. A funcionária recebeu uma placa de reconhecimento, por profissionalismo e compromisso a PortosRio durante esses anos de atuação. A placa comemorativa foi entregue por Francisco Martins e pelo ministro Silvio Costa Filho.
Participaram do evento: o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o secretário de Portos e Transportes Aquaviários, Alex Avila; o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Eduardo Nery; além autoridades, dirigentes de entidades, empresários e profissionais do setor.
Os os portos do Estado do Rio de Janeiro, deveriam investir plataformas para exportação de grãos, vindos da região Centro-Oeste, Triângulo e Cerrado Mineiro, através da Ferrovia VLi, penetrando no sul de Minas por Andrelândia, nesta cidade também é servida pela Ferrovia MRS, região de forte agronegócio necessitando também para facilitar o acesso a ligação de 37 km de pavimentação com Santana do Garambéu, disputando assim com a melhor logística de exportação da região sudeste, com menos entraves, e maior rapidez.