O primeiro domingo de 2025 trouxe imagens desoladoras da Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A cena na altura do Posto 8, fim de tarde, mostrava a areia coberta de lixo – garrafas PET e de vidro, sacolas plásticas, copos descartáveis e embalagens de alimentos –, enquanto banhistas, turistas e moradores pareciam alheios ao problema.
A foto tirada pela profissional de marketing e moradora do bairro, Aliny Fabricia Araújo, viralizou nas redes sociais, acompanhada de uma reflexão contundente:
“Famílias, grupos de amigos, turistas, moradores, todos convivendo com a sujeira como se fosse parte natural do ambiente. Em que momento o lixo deixou de incomodar? Quando começamos a aceitar viver no meio da sujeira sem questionar? Ipanema, um dos símbolos da beleza natural brasileira, está se tornando um retrato triste de descaso e falta de consciência coletiva.”
Lixeiras ignoradas
De acordo com a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), havia 60 lixeiras disponíveis nas proximidades do local da imagem, mas elas foram completamente ignoradas. Em nota, a companhia destacou que o trecho do Posto 8 é o “mais crítico de toda a orla” e informou que 64 toneladas de resíduos foram removidas das praias de Ipanema e Leblon somente no fim de semana. No total, 522 toneladas de lixo foram recolhidas das praias da cidade.
A empresa também reforçou que a limpeza na área conta com o trabalho de 150 garis diariamente, além do uso de tratores que fazem o peneiramento da areia. No entanto, esses esforços não são suficientes diante do comportamento de parte dos frequentadores.
“Apesar das estruturas de coleta disponíveis, como contêineres de grande capacidade, a falta de conscientização dificulta a preservação do espaço público”, destacou a Comlurb, que também denunciou o uso irregular de garrafas de vidro, proibidas na areia, e atos de vandalismo como o “quebra de garrafas e o tombamento de contêineres”.
Reflexo de um problema maior
O episódio reacendeu o debate sobre a urgência de um choque de civilidade, pauta levantada pelo prefeito Eduardo Paes como prioridade em seu atual mandato. As cenas da sujeira contrastam com os esforços de campanhas educativas e destacam um desafio que vai além das ações de limpeza: mudar a cultura de convivência coletiva em espaços públicos.
Além do impacto estético e ambiental, o descaso com as praias representa uma ameaça à vida marinha, uma vez que o lixo depositado na areia frequentemente alcança o mar, aumentando os riscos à fauna e à biodiversidade.
Uma questão de consciência coletiva
O caso do Posto 8 expõe a necessidade de reforçar ações educativas, campanhas de conscientização e fiscalização mais rígida para evitar a degradação de um dos patrimônios naturais mais icônicos do Brasil. A reflexão de Aliny Fabricia Araújo ecoa o sentimento de muitos:
“A praia é de todos, mas também é nossa responsabilidade cuidar dela. A beleza de Ipanema não merece ser manchada pela nossa negligência.”
Interessante, em uma outra praia teve comemoração da virada e no dia seguinte estava tudo limpo. Por que será?
Falta de consciência ambiental? Mentira. É falta de educação básica e civilidade. Não é sem montivo termos um ex presidiário na presidência do país.
A culpa é dos politicos ou de um povo porco e mau educado que elege estes politicos?
Não existe mais guardas municipais. Foram cedidos pra outros órgãos ou setores, ou então não trabalham. Ninguém vê um guarda municipal na rua ou em lugar algum.
Quanto ao lixo jogado nas praias, revela bem a falta de educação do povo.
A Guarda Municipal precisa de arma pra impedir e repreender o cidadão de jogar uma garrafa de Coca no chão?
A Comlurb é para limpar a sujeira. Menos culpada disso tudo.
A GM tem que acabar e ser refundada. No RJ o caos, a sujeira e a desordem imperam.