A confeitaria Casa Cavé, a confeitaria mais antiga do Rio, localizada na esquina das ruas Sete de Setembro e Uruguaiana, no Centro, está passando por uma revitalização de sua fachada histórica. Fundada em 1860 pelo francês Charles Auguste Cavé, o estabelecimento, praticamente, se manteve no mesmo endereço ao longo dos anos, sendo frequentado por personalidades como Pereira Passos, Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga, Carlos Drummond de Andrade, Tarsila do Amaral e Juscelino Kubitschek.
Atualmente, operários trabalham na restauração do prédio centenário, que apresenta uma arquitetura marcante influenciada por diversos países. Lustres e vitrais franceses, móveis desenhados por um espanhol residente no Brasil e luminárias brasileiras compõem o ambiente característico da Casa Cavé, que sempre foi conhecida pela atmosfera que remete aos cafés parisienses. Entre 2007 e 2014, o prédio foi ocupado temporariamente por outra tradicional confeitaria da cidade, a Manon. Neste período, a Cavé operava em um imóvel vizinho.
Diariamente, são produzidos doces da pâtisserie francesa, como Palmier (com cobertura doce de ovos), Croissant (chocolate / creme), Mil Folhas e Eclair (bomba de chocolate / creme) e Tarte de Morango. Doces brasileiros com o Sonho (com creme), Quindim e Queijadinha também fazem parte do cardápio.
Embora a casa tenha sido fundada por um francês e lembre os cafés parisienses, o cardápio sempre se destacou com os doces portugueses. Os Pastéis de Nata (famoso Pastel de Belém, é um folhado com creme especial de ovos, que divide com o Toucinho do Céu (de amêndoas) e o Dom Rodrigo (fios de ovos e canela) dividem o posto de mais antigos e representativos da confeitaria.
Tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade desde a década de 80, a Casa Cavé se junta ao conjunto arquitetônico da região. Outros dois imóveis vizinhos da Rua da Uruguaiana também estão passando por obras de qualificação em suas fachadas.