Prédio do CARJ do Banco do Brasil, em Vila Isabel, é alvo de disputa entre duas empresas

A Sod Capital ofereceu um montante de R$ 55 milhões pelo ativo, a ser pago em 18 parcelas mensais, enquanto a Cury lançou a proposta de R$ 50 milhões, a serem divididos em 12 parcelas

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Foto: Divulgação

O imóvel que costumava abrigar o Centro Administrativo do Rio de Janeiro (CARJ) do Banco do Brasil situado na Rua Barão de São Francisco, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, tornou-se o epicentro de uma disputa entre duas empresas: a Cury (CURY3) e a Sod Capital. Este edifício faz parte do portfólio do fundo imobiliário BB Progressivo (BBFI11).

O estado do prédio tem causado preocupação aos moradores do entorno, pois encontra-se abandonado e, quando chove, a parte subterrânea inunda, o que cria condições propícias para a proliferação de mosquitos e ratos, que acarreta riscos à saúde dos moradores.

Na quarta-feira (12/10), o BBFI11 recebeu uma proposta da Sod Capital pelo CARJ, que ofereceu um montante de R$ 55 milhões pelo ativo, a ser pago em 18 parcelas mensais de pouco mais de R$ 3 milhões. A oferta representa um aumento de 10% em relação ao valor apresentado pela concorrente, que em setembro havia oferecido R$ 50 milhões, a serem divididos em 12 parcelas iguais de R$ 4,16 milhões pelo mesmo imóvel.

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O BTG Pactual, que administra o fundo imobiliário, até o momento, ainda não emitiu avaliações a respeito de nenhuma das propostas, mas ressaltou que manterá os cotistas e o mercado devidamente informados acerca dos próximos desdobramentos de forma ágil.

A realização do negócio proposto pela Sod Capital está sujeita à viabilidade do desenvolvimento de um empreendimento imobiliário no local. Por sua vez, a Cury condiciona sua oferta à ausência de qualquer impedimento jurídico ou ambiental que possa inviabilizar a transação.

Entenda o Impasse Entre o Banco do Brasil e o Fundo Imobiliário:

A disputa legal em curso não gira em torno do prédio em si, mas sim do contrato de aluguel entre o Fundo de Investimento Imobiliário (FII) e o Banco do Brasil. O contrato, estabelecido em 2015, abrangia a ocupação de nove blocos do CARJ e encerrou-se em outubro de 2020.

Cinco meses antes do prazo final, o banco entrou com uma ação buscando renovar o aluguel de apenas dois blocos do conjunto, enquanto o fundo defendia a renovação nos termos originais.

O processo está em andamento na justiça, mas o BBFI11 já vem sofrendo impactos financeiros desde 2021, quando o Banco do Brasil, alegando que o índice de reajuste do ano não era devido em sua interpretação, começou a pagar um valor menor do que o previsto.

O FII entrou com um processo para receber os valores em atraso, que, de acordo com o último relatório gerencial, somavam pouco mais de R$ 15 milhões. Uma decisão judicial em julho de 2023 determinou que o Banco do Brasil fosse citado na ação de execução e pagasse os aluguéis devidos, mas o banco não cumpriu a determinação.

É relevante notar que a inadimplência começou após o Banco do Brasil optar por desocupar completamente o imóvel em março de 2023, encerrando o impasse enquanto o processo judicial ainda estava em andamento.

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