Prédio que abrigaria o centro cultural da Cedae segue inativo; companhia nega abandono

O histórico edifício na Rua Riachuelo passou por uma reforma geral em 2014, mas segue fechado desde então

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Prédio pertencente a CEDAE continua sem uso. | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Poderia ser apenas mais um prédio histórico no centro do Rio sofrendo com a deterioração e o estado de inatividade, mas o centenário imóvel, no número 28 da Rua Riachuelo, que pertence a Cedae e faz parte do chamado corredor cultural da Lapa desde 1992, não pode ser classificado como apenas “mais um“. O local passou por uma reforma geral em 2014 para ser a sede do Centro Cultural Casa das Águas, que tinha previsão de inauguração em 2015 como parte das comemorações pelos 450 anos da cidade.

Contudo, o edifício, que não abriga nenhuma atividade cultural ou de qualquer ordem que seja, já começa a apresentar sinais de danos na fachada, conforme observado pela reportagem do DIÁRIO DO RIO, que esteve no local. A Cedae garante que as obras seguem no prédio e que a nova previsão para a abertura do local ao público será em junho do ano que vem. (Veja a nota abaixo).

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Prédio pertencente a CEDAE continua sem uso. | Foto: Rafa Pereira – Diário do Rio

Na teoria, o Centro Cultural Casa das Águas seria o primeiro centro cultural do Brasil dedicado a discutir questões relacionadas ao consumo consciente de água, através de mostras, jogos educativos, exibição de filmes, tudo com muita tecnologia para atrair as novas gerações.

O histórico imóvel construído no século XIX, tem sua fachada datada do século passado totalmente preservada. Na época em que foi concebida, a construção ficava situada na Rua Mata Cavalos, onde hoje fica a Riachuelo. Nele, já funcionou a sede da antiga Inspeção Geral de Obras Públicas da Capital, quando foi comprado em 1901 pelo Governo da República.

Alguns anos depois, em 1930, o imóvel passou a ser gerido pelo Ministério da Educação e Saúde Pública. Em 1992, quando foi inserido no corredor cultural da Lapa, através de um decreto municipal que determinou o tombamento ou preservação das edificações da região da Cruz Vermelha e adjacências.

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Prédio pertencente a CEDAE continua sem uso. | Foto: Rafa Pereira – Diário do Rio

O que diz a Cedae

Em nota enviada ao DIÁRIO DO RIO, a Cedae negou que o imóvel esteja abandonado. Segundo a empresa, o espaço segue em reforma e tem previsão de abertura ao público em junho de 2022.

Veja a íntegra do comunicado:

“O casarão pertence à Cedae e foi cedido em comodato ao Instituto de Sustentabilidade e Novos Talentos do Esporte e Cultura (Intec), da Secretaria Estadual de Cultura, em 2012. O imóvel não está abandonado e passa por reforma para ser transformado em um moderno centro cultural com salas de exposição que utilizam recursos de tecnologia totalmente dedicado à água. A Cedae acompanha o andamento das obras e recebe relatórios periódicos. A previsão de abertura ao público é junho de 2022.

O instituto mantém uma página na internet que apresenta os diferentes estágios da obra“.

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