Nesta segunda-feira (02/12), a Secretaria de Ordem Pública (Seop) iniciou a demolição de dois prédios construídos ilegalmente na Ilha Primeira, no arquipélago da Lagoa da Tijuca, uma área sob influência do crime organizado.
Um dos imóveis, com três pavimentos e uma unidade por andar, e o outro, também com três pavimentos e duas unidades por andar, totalizam 300m² de área construída, incluindo dois prédios e uma churrasqueira nos fundos. Engenheiros da Prefeitura estimam um prejuízo de R$1,2 milhão aos responsáveis. Ambos foram erguidos sem autorização da Prefeitura do Rio.
O primeiro prédio estava com um apartamento em fase de acabamento. Segundo denúncias de vizinhos, logo após a notificação da demolição, o proprietário iniciou a mudança com o intuito de evitar a destruição da construção. As demais unidades encontravam-se em fase de emboço e alvenaria.
Já o segundo edifício era uma residência unifamiliar antiga, completamente modificada para a construção de um prédio multifamiliar com duas unidades por andar. Após a notificação, as obras foram aceleradas, desrespeitando a determinação de paralisação imediata. De acordo com informações preliminares, o prédio da frente tinha três apartamentos para locação.
“Essa é mais uma operação da Secretaria de Ordem Pública, com foco na demolição de construções ilegais em uma área de proteção ambiental. A gente salienta que as construções são ilegais, porque não contam com licença ou autorização. E são ilegalizáveis, porque da forma como estão sendo realizadas, desrespeitam totalmente os padrões urbanísticos em vigor na cidade. E apesar de terem sido notificados, os responsáveis, além de não terem interrompido as construções, aceleraram as construções e tentaram, de certa forma, ludibriar as fiscalizações, como se tivesse alguém morando naquela região”, explica o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
A SEOP reforçou o compromisso em atuar nas áreas críticas, combatendo construções irregulares e promovendo o ordenamento urbano. As demolições das edificações é vista como uma medida necessária para proteger áreas de preservação ambiental e enfraquecer o avanço de grupos criminosos que lucram com a ocupação desordenada.
“É importante destacar que a Prefeitura faz essa fiscalização através das equipes de inteligência e a seguiremos com esse trabalho de ordenamento urbano, de proteção ambiental, de asfixia financeira ao crime organizado“, acrescentou Carnevale.
Os prédios, além de serem irregulares, também eram ilegalizáveis, uma vez que não atendem aos parâmetros urbanísticos da região.