A Câmara Municipal de São Fidélis, no Norte Fluminense, cassou o mandato do prefeito Amarildo Alcântara (SD), nesta quarta-feira (13), pelo rombo milionário no Fundo de Previdência dos Servidores Municipais. Em sessão plenária, os vereadores locais votarem em unanimidade pela cassação, com nove manifestações.
Ao jornal “O DIA”, o relator da Câmara, Rodrigo Santana (PSD), explicou que Amarildo Alcântara perdeu o mandato por crime de responsabilidade por omissão diante dos desvios milionários. Segundo o vereador, “cerca de R$ 7 milhões foram desviadas da conta do fundo de previdência para a conta dos gestores dessa autarquia, que foram nomeados pelo prefeito e mesmo após confessarem o crime, continuaram exercendo a função enquanto quiseram”.
Rodrigo Santana disse ainda ao jornal que os envolvidos teriam confessado que parte dos recursos desviados foram destinados a familiares do ex-prefeito:
“Além do mais quando confessarem o crime, falaram que parte do recurso desviado era entregue a familiares do prefeito apresentando áudios e prints como prova. Agora cabe à justiça comprovar se isso é verdade não. À câmara coube a parte político administrativa”, concluiu o relator da Câmara de São Fidélis.
Os familiares de Amarildo Alcântara são investigados na “CPI do Fundão”. O ex-prefeito foi omisso “na prática de atos da competência do Executivo e negligência na defesa de rendas, bens, direitos e interesses do Município”, teriam concluído os vereadores.
José William (PL), vice do ex-prefeito, assumiu o cargo na sessão de posse foi realizada nesta quarta-feira, às 15h. Com a cassação de Amarildo Alcântara é a primeira vez que um prefeito São Fidélis perde o mandato.
O jornal procurou a defesa do ex-prefeito, mas não teve retorno.
Informações: O DIA
