O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu nesta quarta-feira (30) o fechamento do aeroporto Santos Dumont durante a Cúpula dos Líderes do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro na capital carioca. A reunião será sediada no Museu de Arte Moderna (MAM), próximo ao Santos Dumont, e contará com a presença de chefes de Estado de diversas nações.
Paes já discutiu a proposta com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, explicando que a medida busca garantir segurança e eficiência logística para os participantes do evento. “Eu defendo que, se for do entendimento das forças de segurança, que se feche o aeroporto Santos Dumont nessa data em que os chefes de Estado estarão aqui no Rio de Janeiro. Estamos falando de um período de 48 horas,” afirmou o prefeito, argumentando que o aeroporto do Galeão está preparado para receber todos os voos previstos.
Preparativos e segurança
As declarações de Paes foram feitas durante a entrega das reformas no MAM, local das reuniões do G20, onde esteve acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da primeira-dama Janja Lula da Silva. O prefeito ressaltou que o aeroporto do Galeão está em condições ideais de operação para receber os passageiros durante o evento, após recentes melhorias na infraestrutura e no acesso por transporte público.
Para reforçar a segurança, Paes recomendou a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), uma medida constitucional que permite às Forças Armadas atuar com poder de polícia em áreas específicas e por tempo determinado. Segundo Paes, a GLO já foi aplicada em eventos anteriores no Rio de Janeiro, como Copa do Mundo e Olimpíadas. O prefeito mencionou que essa solicitação também foi feita ao presidente Lula, e o secretário de Segurança Pública do estado, Victor dos Santos, declarou que a medida será implementada, apesar de ainda não haver confirmação oficial do governo federal.
“É uma decisão importante pela relevância dos líderes políticos que estarão aqui. Não há nada de anormal nisso. O Rio, nesses grandes encontros, sempre teve a GLO,” disse Paes, acrescentando que um feriado municipal foi decretado para os dias 18 e 19 de novembro a fim de minimizar os transtornos à população.
Rio se prepara para restrições e medidas de segurança durante o evento
Durante a cúpula, o Rio de Janeiro deve adotar uma série de restrições de circulação, especialmente nas áreas turísticas e centrais. “Os cariocas estão acostumados, somos uma cidade internacional que já recebeu Copa do Mundo, Jornada Mundial da Juventude, Olimpíadas e outros eventos. Haverá uma série de restrições no deslocamento e movimentação nas áreas turísticas da cidade, como a orla desde a Barra da Tijuca até a Praça Mauá, onde ocorrerá o G20 Social,” explicou Paes.
O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, mais recentemente, a União Africana. O Brasil assumiu a presidência do grupo em dezembro passado, sucedendo a Índia, e passará o posto para a África do Sul ao final do ano. Este será o primeiro encontro do G20 a ser realizado no Brasil desde a formalização do formato atual em 2008.