Prefeito e vice de Búzios têm mandatos cassados por compra de votos

No dia das votações, agentes da PM flagraram o operador do esquema de compra de votos, Anderson Machado, com dinheiro vivo, além de uma planilha com valor e nomes de eleitores que seriam "comprados"

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Alexandre Martins - Prefeito cassado de Búzios / Reprodução

A ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitora (TSE), decidiu, nesta quinta-feira (1º), pela cassação dos mandatos de Alexandre Martins e Miguel Pereira, prefeito e do vice-prefeito da cidade de Búzios, pelo crime de compra de votos. A ministra já havia rejeitado recurso da defesa contra decisão anterior do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), cuja decisão determinava a cassação da chapa criminosa.

Com a queda dos titulares do município da Região dos Lagos, assumirá o cargo de prefeito, o atual presidente da Câmara de Vereadores, Rafael Aguiar. A governança, no entanto, só será iniciada após a publicação da sentença.

No dia das eleições, Anderson Machado, operador do esquema da compra de votos, foi flagrado por agentes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), com R$ 6.500,00 em dinheiro, além de uma planilha na qual estava discriminada a quantia de R$22.500,00, que seria destinada à compra de 150 eleitores.

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Em sua sentença, a magistrada Isabel Gallotti afirmou: “A elevada quantia, o conteúdo da planilha e o material de propaganda da chapa majoritária eleita, apreendidos após denúncia de compra de votos perto de local de votação, comprovam a ilicitude da conduta”.

Sobre o operador da prática criminosa, a magistrada declarou que ”o vínculo entre Anderson Machado e os recorrentes foi demonstrado a partir da apreensão do material de propaganda e, ainda, de postagens nas redes sociais do operador do esquema reproduzidas no acórdão, contendo: a) apoio à candidatura majoritária; b) fotografias ao lado do titular da chapa; e c) informação prestada por Anderson Machado de que havia começado a trabalhar na Prefeitura”.

A defesa do prefeito Alexandre Martins entrará com recurso para levar o caso ao plenário do TSE, medida que não gera a suspensão da decisão da ministra Isabel Galotti. Assim, prefeito e vice-prefeito de Búzios não mandam mais na cidade.

Informações: Agenda do Poder

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2 COMENTÁRIOS

  1. Jonas, não adianta muito, para os editores deste portal aqui, corrupção séria mesmo é só aquela associada, (com razão ou não, não importa), aos partidos do campo dito progressista. É como se a corrupção só fosse GRAVE e relevante para eles quando acontece de um lado do espectro político; quando é do outro lado, deixa-se pra lá, os escândalos são meio que diminuídos.

    Alguns comentários, inclusive, são bloqueados, quando são DIAMETRALMENTE contrários ao viés ideológico dos editores deste portal. Tem colunista por aqui que não gosta de contrapontos. Inventa uma tal de ‘moderação’ para não publicar críticas contundentes.

    E tem gente que ainda diz que somos uma sociedade livre e democrática. É pra rir? Dizem que autoritários são os chineses, os cubanos, os norte coreanos…o conceito de liberdade e democracia dessa gente é torto que só!

  2. O que a interlocutora omite e eu trago a informação:

    – Alexandre Martins, do Republicanos. Mesmo partido do Carlos Bolsonaro. Partido de extrema direita ou como é dito por aí “bolsonarista”.

    – Miguel Pereira, do Partido Liberal, o PL. Partido do Bolsonaro e dos maiores nomes da extrema direita. Partido mais “bolsonarista”.

    Alexandre Martins e Miguel Pereira se juntam a Ari Bagúio (PL), prefeito de Santa Catarina que foi preso por corrupção. Estado esse que já teve 18 prefeitos presos por corrupção e mais “bolsonarista” do Brasil.

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