Eduardo Paes sanciona lei que cria Parque Sustentável da Gávea

O terreno poderá abrigar, além de parque com praça, áreas verdes e trilhas para caminhada, um empreendimento imobiliário de uso misto

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Foto: Fábio Motta/Prefeitura

O prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou, nesta quinta-feira (01/07), a lei que cria o Parque Sustentável da Gávea, dando uma destinação ambiental e urbanística a uma área abandonada há cerca de 40 anos na Rua Marquês de São Vicente, na Zona Sul do Rio. O projeto foi proposto em 2018 e votado no dia 15/06 na Câmara dos Vereadores. O terreno poderá abrigar, além de parque com praça, áreas verdes e trilhas para caminhada, um empreendimento imobiliário de uso misto.

A manutenção do parque será feita pela iniciativa privada e o acesso ao público será livre e diário, garantido por uma emenda incluída pelos vereadores, que estabelece multa em caso de descumprimento da regra. Segundo Paes, o objetivo da medida é possibilitar tanto o empreendimento privado como o acesso à uma área de lazer.

Você pega uma área que está abandonada há tanto tempo, permite que o empreendimento privado aconteça e, ao mesmo tempo, garante uma área para a cidade, um lugar fantástico, próximo à natureza, um parque público. E o que é mais interessante de tudo: vai ser mantido pelo próprio setor privado. É uma conquista que a gente pode aplicar em outros locais do Rio” afirmou o prefeito.

O Parque fica próximo ao Shopping da Gávea, ao Planetário e à Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e abriga as ruínas de uma antiga fábrica desativada. De acordo com o texto da lei aprovada, a área foi dividida em três setores, com diferentes regras de uso e preservação.

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No primeiro setor, mais próximo da Rua Marquês de São Vicente, está prevista a implantação de uma grande praça, garantindo a preservação de uma mangueira centenária existente no local. Na parte intermediária do terreno, empreendedores imobiliários poderão erguer duas edificações de uso misto (lojas comerciais no térreo e residenciais em cima), próximas às divisas laterais da área. As edificações poderão ter altura máxima de 12 metros, o equivalente a quatro andares, mais um andar de subsolo para garagem. Uma alameda larga e arborizada, com mobiliário urbano, será construída em meio às edificações, dando acesso aos fundos do lote, onde a área verde prossegue, com trilhas para caminhada. O terceiro setor, acima da chamada cota 100 (encosta a 100 metros acima do nível do mar), será de preservação ambiental, sem acesso público.

Para o presidente da Câmara de Vereadores, Carlo Caiado, o projeto é de grande importância para questões ambientais.

Foi um projeto amplamente discutido com a participação da sociedade e de ambientalistas. Um modelo a ser seguido na cidade como um todo. Vai ser muito importante para a questão ambiental e desenvolvimento urbano do bairro da Gávea”, afirmou, Carlo Caiado.

Os proprietários do terreno terão que arcar com os custos de implantação e manutenção de todo o parque, sem ônus para os cofres públicos. A lei garante ainda o uso da área pela população durante todo período diurno, como ocorre com os demais parques municipais da cidade.

Secretário municipal de Planejamento Urbano do Rio, Washington Fajardo ressaltou que projetos similares ao do Parque Sustentável da Gávea serão levado para outras regiões da cidade, especialmente a Zona Norte.

O que temos aqui é uma solução muito inteligente, que mostra como o consenso é positivo para a cidade. Houve articulação entre Prefeitura, legislativo e setor privado com os moradores do local. E o resultado é o que estamos vendo: uma transformação do espaço com qualidade, produzindo benefícios públicos e privados”, comentou Fajardo.

O presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea, René Hasenclever, destacou que esta quinta-feira é dia de festa por conta da sanção da lei.

“O Parque Sustentável da Gávea é a coisa mais bonita que vai acontecer no bairro. O abandono do espaço trouxe desvalorização dos imóveis. Agradeço à Câmara Municipal e ao prefeito Eduardo Paes”, frisou René Hasenclever.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
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