Em um movimento surpreendente e polêmico, o presidente da Câmara Municipal de Itaguaí, Haroldo Jesus, que assumiu interinamente a prefeitura da cidade no dia 1º de janeiro de 2025, demitiu mais de 2000 funcionários municipais, entre cargos comissionados e de chefia.
Na lista constam diretor de hospital, de enfermagem, de instrumentação, entre outros.
A medida foi tomada sem qualquer estudo de impacto sobre os serviços prestados à população. Saúde e Educação são as pastas mais atingidas.
O curioso é que o Dr. Rubão, prefeito eleito com mais de 29 mil votos, pode assumir o cargo se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concordar que este é o seu segundo mandato, como a sua defesa argumenta.
A candidatura de Rubão foi indeferida pois o TRE entendeu que ele não poderia concorrer à reeleição, o que configuraria um 3º mandato seguido — em 2020, Rubão era o presidente da Câmara de Vereadores e assumiu a prefeitura após o impeachment do então ocupante do cargo, Carlo Busatto Júnior, o Charlinho, e do vice.
A defesa de Rubão recorreu com o argumento de que ele assumiu o cargo interinamente e, por isso, a vitória em seguida não deveria ser considerada como reeleição. O TRE não aceitou. A chapa, então, foi ao TSE e conseguiu concorrer. Este mês, o ministro André Mendonça também discordou dos argumentos do prefeito e o proibiu de tomar posse.
No dia 4 de fevereiro o caso vai à plenário no TSE. A defesa do prefeito eleito também recorre no STF.